Cidades
Barreira sofre com erosão e ameaça cair no Jacintinho
Área fica às margens de uma avenida de grande movimentação
Moradores, pedestres e motoristas que circulam pela subida da ladeira da Avenida Governador Afrânio Lages, no Jacintinho, estão temerosos com a iminência de ruptura do talude que fica em frente a um posto de combustível. O perigo mais evidente está para quem pega a ladeira no sentido Jacintinho -> Praia.
Talude é um terreno inclinado que serve para dar sustentação e estabilidade ao solo próximo de um platô. Também conhecidos por morros, encostas ou rampas, os taludes podem ser de origem natural, ou seja, criados pela natureza, ou artificiais, quando feitos pelos seres humanos.
O local é uma artéria de grande importância para o trânsito da cidade. Não tão distante ao talude, existe um bloco de apartamentos, o que pode aumentar as chances de deslizamento e consequentemente um grave acidente.
De acordo com o engenheiro civil Manoel Maia Nobre, é urgente a necessidade de uma obra de contenção. “As lonas estão todas rasgadas e há ainda uma tubulação desprotegida – provavelmente de meio líquido – que está funcionando como “viga” apoiada nas extremidades. Caso haja ruptura da tubulação, os problemas serão ainda mais desastrosos”, destacou.
Manoel Maia Nobre tem mestrado pela PUC-Rio desde 1985, é PhD da Universidade de Waterloo (Canadá) em Recursos Hídricos e Recuperação de solos e águas subterrâneas impactadas pelas atividades antrópicas (originárias de atividades humanas).
O engenheiro foi também professor da PUC-Rio em mecânica dos Solos e das Rochas. E ministrou ainda aulas na Ufal, até o ano retrasado, quando se aposentou.
Atualmente, Manoel Maia Nobre presta consultoria. De acordo com ele, é necessário e urgente um estudo adequado a fim de projetarem e executarem uma obra de contenção com drenos sub-horizontais para dissipação de poro de pressões.
“O solo é argiloso e tem boa coesão. Por isso, suportou por muitos anos, mas era para ter sido executada uma obra de drenagem e/ou contenção desde quando fizeram o corte do morro para construção da avenida. O risco de deslizamento é iminente”.
Na avaliação do engenheiro civil, basta as chuvas começarem a ser mais intensas para os perigos ficarem ainda mais evidentes. “Não houve preocupação com a drenagem nessa obra na Leste/Oeste. Já passou da hora de ter um olhar mais atento para aquele local que precisa com urgência de uma obra de contenção de encosta.
Maceió já vem enfrentando fortes chuvas neste início do mês e a expectativa é de que elas se intensifiquem com a chegada do inverno.
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