Cidades
Pescadores denunciam mortandade após colapso
IMA fez coleta da água para analisar o impacto ambiental na lagoa com o rompimento da mina 18
Após colapso da Mina 18, que fica no bairro do Mutange, em Maceió, pescadores denunciaram, ontem, a mortandade do sururu e, também, de outros animais que circulam pela região da Lagoa Mundaú.
O Instituto do Meio Ambiente fez coleta de água da lagoa para analisar o impacto do rompimento da mina para o meio ambiente e para a vida de animais da laguna.
Os pescadores do Flexal, no bairro Bebedouro, relatam escassez de peixes e mariscos. “Todo mundo notou que deu uma sumida mesmo. Ontem mesmo (domingo), fui pescar e não veio nada. Não consegui nem um quilo de peixe. O sururu, os novinhos estão tudo apodrecendo, morrendo. E tinha um monte de pescado podre. Foi desse impacto no domingo. Acho que é a salina que está fora, matando os bichinhos. Agora, estou esperando a gente passar fome ou se virar com outra coisa porque não dá mais para se sustentar dessa parte aí”, afirmou o pescador Damião Carlos da Silva, que pesca há 27 anos na região.
O pescador Edvaldo da Silva Araújo ressaltou que o sururu já está escasso há um tempo. “O sururu tinha desaparecido faz tempo, anos. O que tem apenas é o sururu branco, mas o sururu branco não presta para consumir. Vou pescar hoje e ver o que consigo”, disse.
De acordo com o pescador Waldemar Waldomiro, conhecido como seu Dida, o sustento de várias famílias que trabalham comercializando sururu foi prejudicado, já que o molusco começou a morrer na lagoa.
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