Cidades

Saiba o que fazer para cuidar da saúde durante este feriadão com altas temperaturas

Médico do HGE alerta a população para a necessidade de hidratação e fuga dos raios solares

Por Carla Cleto / Ascom Sesau 17/11/2023 23h33
Saiba o que fazer para cuidar da saúde durante este feriadão com altas temperaturas
Pessoas que irão curtir a praia ou piscinas, devem evitar a exposição ao sol no período das 9h às 16h - Foto: Thallysson Alves / Ascom Sesau

O final de semana promete ser quente em Alagoas. A previsão é de fazer 32°C em Maceió, com sensação térmica acima dos 40°C. No Sertão, a situação é muito mais complicada, já que em Pão de Açúcar, por exemplo, a expectativa é que os termômetros marquem 37°C. Com tanto calor, o que fazer nesse feriadão? O médico Allan Vieira, do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, recomenda muita sombra e água fresca; sem esquecer o uso do filtro solar.

É que a incidência dos raios ultravioletas também será intensa, e a falta de protetor solar, principalmente para quem recorre para as praias, pode causar sérios prejuízos à saúde, como queimaduras e até o câncer de pele, principalmente em pessoas com tonalidade de pele clara. Por isso, segundo o médico, o melhor mesmo é evitar a exposição ao sol no período das 9h às 16h, sem esquecer de tirar do guarda-roupa os bonés, chapéus e camisas com proteção UV. O médico ainda aconselha a se abrigar em barracas, tendas e coberturas que bloqueiem os raios solares.

“Com o céu limpo de nuvens, a terra fica mais quente, o que dá aquela sensação de abafado terrível. No Sertão, isso é muito ruim, pois o clima fica muito seco, o vento é aquecido e até os aparelhos de ar condicionado tem dificuldade de esfriar os lares e estabelecimentos comerciais. Nessa situação, sugiro a instalação de umidificadores de ar nos interiores e a ingestão livre de água mineral fria ou gelada”, orientou o médico do HGE. Desidratação

A desidratação é um risco permanente durante a onda de calor, principalmente em bebês que não conseguem sinalizar a sensação de sede e passam a ter dificuldade para defecar. O clínico geral, que também é especialista em saúde digestiva, destaca que a sensação de sede já é indicativa de desidratação, por isso não é recomendável esperar que o corpo se desidrate. Estudos sugerem que as pessoas bebam mais de dois litros de água por dia. “Refrigerantes e cervejas podem parecer aliviar a sede, mas eles não hidratam. Os primeiros têm muitos açúcares e calorias que contribuem com o surgimento de outras doenças. E toda bebida alcoólica age como um diurético, fazendo com que a pessoa urine mais, piorando a desidratação. No lugar deles, opte pelos sucos com frutas naturais, ou pela água de coco, se não quiser consumir apenas a água. A água com gás também é bem-vinda”, pontuou.

A desidratação leve ocasiona sede, dores de cabeça, fraqueza, tonturas, fadiga e sonolência; a moderada inclui boca seca, diminuição da diurese, moleza, batimentos cardíacos acelerados e falta de elasticidade da pele; a grave geralmente causa sede intensa, anúria (ausência de urina), respiração rápida, alteração do estado mental, pele fria e úmida. A desidratação pode levar também à diminuição do desempenho físico e cognitivo e a alterações no funcionamento termorregulador e cardiovascular. Em casos mais graves, pode levar ao edema cerebral e à morte.

“Para quem pratica atividade física, o melhor é evitar o período de grande incidência dos raios ultravioletas, já que os exercícios promovem a perda de líquidos. O melhor nesse período é deixar para fazer a caminhada antes das 8h ou depois das 17h. Se vai à academia, não pense que o ar condicionado irá resolver. Como ele ‘suga’ a umidade da pele, é importante manter a reposição de água. Por isso, recomendamos a quem dorme com o ar condicionado para pôr no quarto um recipiente cheio de água para contrabalancear esse efeito”, destacou o médico do HGE.