Termina na próxima semana o prazo dado ao Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) pelo Ministério Público Federal de Alagoas (MPF/AL) para que o órgão ambiental promova a coleta de amostras da água no Rio Santo Antônio, na cidade litorânea de mesmo nome, para análise e averiguação do que teria causado a mortandade de peixes ocorrida na última terça-feira, dia 24.
De acordo com o IMA, as coletas já foram iniciadas no próprio dia em que o fato ocorreu. O prazo para o resultado é, conforme a assessoria de comunicação, de cinco dias.

“O IMA vem trabalhando para identificar as causas que levaram à mortandade de peixes no Rio Santo Antônio, no município de Barra de Santo Antônio, no Litoral Norte de Alagoas. Logo após tomar conhecimento da denúncia, a Gerência de Laboratório do órgão esteve no local e colheu amostras para análises microbiológicas e físico-químicas. Os trabalhos seguiram durante o dia de ontem, em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh)”, afirmou o IMA.

Ainda conforme o órgão ambiental, equipes de fiscalização, do laboratório e de geoprocessamento do IMA estão percorrendo a região com o objetivo de identificar as causas da morte dos peixes e adotar todas as providências cabíveis.

Além da fiscalização ambiental, o MPF requisitou instauração de inquérito pela Polícia Federal que não atendeu as solicitações da Tribuna para atualizar a situação.

Entenda o caso

Na manhã do último dia 24, circulou nas redes sociais imagens em vídeo de grande mortandade de peixes, supostamente no rio da Barra de Santo Antônio. A fim de apurar a veracidade e a responsabilidade pelo possível crime ambiental, o MPF expediu ofícios a serem cumpridos com urgência pelo IM, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) APA Costa dos Corais e também foi requisitada a abertura de um inquérito policial pela Polícia Federal para investigar o incidente.

De autoria da procuradora da República Juliana Câmara, membro do núcleo do meio ambiente no MPF em Alagoas, os ofícios preveem o prazo de cinco dias para que IMA e ICMBio enviem relatório de fiscalização no local, a fim de aferir a causa e os responsáveis pela mortandade de peixes, fiscalizando diretamente empreendimentos das proximidades que possam estar realizando descartes irregulares no corpo hídrico.

Ao IMA cabe avaliar a possível contaminação por metais pesados ou tiborna.

A situação do corpo hídrico do rio Santo Antônio, que corta os municípios de Barra de Santo Antônio e São Luís do Quitunde, em Alagoas, está sendo acompanhada pelo MPF.