Cidades
Empresário que atropelou e matou militar em Arapiraca diz que prestou socorro
Edson Lopes afirma que não ficou no local devido ao estado de choque, mas que enviou sua filha enfermeira para auxiliar no socorro
A defesa do empresário Edson Lopes, que atropelou e matou a militar Cibelly Barboza e deixou seu noivo ferido no Sítio Bom Jardim, em Arapiraca, divulgou uma nota nesta quinta-feira (19), alegando que não permaneceu no local do acidente porque estava em choque, mas afirma que prestou socorro às vítimas.
De acordo com a defesa de Edson, ele teria acionado sua filha que é enfermeira e auxiliou as equipes que foram socorrer a vítima.
A militar morreu no Hospital de Emergência do Agreste, após ser reanimada, enquanto o também militar Gheymison Nascimento ficou gravemente ferido e segue internado na unidade de saúde.
O empresário havia se apresentado à polícia na terça-feira (17), após o período que configura flagrante, e foi liberado depois de prestar depoimento.
Veja a nota abaixo:
Nota da defesa do empresário
Arapiraca, 19 de outubro de 2023
O Empresário Edson e família vêm a público lamentar profundamente o trágico acidente de trânsito ocorrido recentemente que, infelizmente, vitimou dois ciclistas, sendo um de forma fatal.
Os familiares reconhecem ser difícil mensurar a dor dos que perdem um ente querido de forma repentina e trágica como aconteceu, mas também devastados e em choque com a tragédia, pedem a Deus que, de alguma forma, console o coração dos familiares e amigos das vítimas.
Mas, em virtude de inúmeras informações distorcidas que circulam nas redes sociais, sentem-se na necessidade de esclarecer alguns pontos cruciais da situação:
1. Ao contrário do que vem sendo publicado, o empresário prestou sim socorro à vítima, acionando sua filha, enfermeira, que chegou no local para ajudar e permaneceu auxiliando as equipes de atendimento que já estavam na cena do acidente. Em seguida, dirigiu-se até o Hospital de Emergência do Agreste para onde as vítimas foram levadas, sempre com a preocupação de colaborar no atendimento.
2. O empresário não permaneceu no local do acidente porque ficou em choque e temeu possíveis represálias. A decisão foi tomada em um momento de medo e confusão, mas em instante algum houve a intenção de esquivar-se das responsabilidades;
3. Também ao contrário do que vem sendo amplamente dito, no momento do acidente o empresário voltava de um almoço em família, não havia consumido bebida alcoólica e mantinha velocidade regular no veículo que conduzia;
4. Esse relato, inclusive, é o que consta em depoimento dado à Polícia Civil nesta quarta-feira (18), no qual ainda esclareceu que o trágico acidente deu-se em virtude de um carro à frente do dele ter obstruído sua visão, não dando tempo de frear e evitar a colisão.
O empresário é figura amplamente conhecida e respeitada na cidade por sua conduta exemplar e está totalmente à disposição da Justiça para quaisquer outros esclarecimentos que sejam pertinentes, e para colaborar com as investigações; a família ainda espera que os fatos sejam apurados com a devida imparcialidade e justiça, sempre buscando a estrita verdade dos fatos.
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