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'Toda dor deve ser investigada', enfatiza médico do TJ/AL, no Dia Mundial de Combate à Dor

Data chama atenção para importância de tratar o sintoma doloroso; servidora Linda Lobo conta como é conviver com fibromialgia

Por Dicom TJ/AL 17/10/2023 13h30 - Atualizado em 17/10/2023 14h40
'Toda dor deve ser investigada', enfatiza médico do TJ/AL, no Dia Mundial de Combate à Dor
Nesta terça (17), data em que é celebrado o Dia Mundial de Combate à Dor, o médico chama a atenção para a importância de investigar e tratar adequadamente o sintoma doloroso - Foto: TJ/AL/Arte

"Dor é inadmissível. Toda dor deve ser investigada", defendeu o médico Georges Basile, reumatologista e diretor do Departamento de Saúde e Qualidade de Vida (DSQV) do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL).

Nesta terça (17), data em que é celebrado o Dia Mundial de Combate à Dor, o médico chama a atenção para a importância de investigar e tratar adequadamente o sintoma doloroso.

"A dor é um mecanismo de alerta muito importante. Mas a dor é algo que tem que ser manejado. A forma inteligente de tirar essa dor é procurar um médico para fazer um diagnóstico correto, e retirar o que está provocando aquela dor", destaca Georges.

O reumatologista ressaltou ainda o perigo da automedicação, procedimento que é comum entre a população. "O uso de analgésicos e anti-inflamatórios é algo complicado, porque eles vão perdendo a eficácia com o uso constante, o que acaba tornando o tratamento mais difícil. Inclusive os anti-inflamatórios podem provocar danos à saúde do paciente, como uma falência renal ou hepática, e até um AVC", explicou.

"Não é fácil, mas eu sei que um dia vai passar"


Uma doença que tem como sintomas característicos a dor e a sensibilidade generalizada é a fibromialgia. Uma doença reumatológica que causa fadiga, alterações de sono, memória e humor.

A servidora Linda Lobo, que trabalha no Cejusc do Fórum da Capital, descobriu que tinha fibromialgia aos 42 anos. Hoje com 64, conta como é conviver diariamente com a doença e com o preconceito de muitas pessoas.

"É viver com dor o dia todo, todos os dias. Não é fácil. Tenho insônia; em 2017, desenvolvi síndrome do pânico e depressão. Porque a fibromialgia não é só a dor em si, mas tudo que envolve. Inclusive qualquer mudança na rotina, piora a dor. E o preconceito das pessoas é algo que também dói muito", conta a servidora.

Apesar de todas as dificuldades, Linda ressalta a esperança em sua cura. "Não é fácil, mas eu sei que um dia vai passar. Confio que tudo tem um motivo e minha religiosidade me ajuda muito a enfrentar tudo isso".

A servidora enfatizou todo o cuidado e empatia que sempre recebeu dos profissionais do DSQV. "Doutor Georges é um anjo. Sinto sua empatia, carinho e cuidado comigo. Sempre tive muito apoio do Tribunal durante esses anos. Aqui, me sinto cuidada".

Qualidade de vida


Ainda segundo Georges Basile, a qualidade de vida é totalmente afetada pela presença da dor, inclusive a produtividade no trabalho.

"A dor afeta, e muito, a qualidade de vida, sob todos os pontos de vista. Como você conseguirá executar o seu trabalho nessas condições? É impossível. Mais um motivo para não ficarem sofrendo com dor, e aqui no Setor Médico temos muitos médicos que podem ajudar no diagnóstico e no tratamento", ressaltou o reumatologista.