Cidades
Entregadores por aplicativo param na segunda-feira (18)
Categoria e empresas de plataformas não chegam a acordo quanto a remuneração e melhorias nas condições de trabalho

Entregadores por aplicativo de Maceió vão aderir à paralisação nacional da categoria marcada para segunda-feira (18). A greve acontece após a categoria e as empresas de plataformas digitais não chegarem a um acordo com relação a remuneração mínima e melhorias de condições de trabalho.
Segundo o presidente da Associação dos Entregadores de Aplicativo de Maceió, Luciano Lins, a mobilização, estimada para durar 24 horas, terá como ponto de encontro o Estacionamento do Jaraguá. “Estamos com adesão em todos os estados. Quem não for para o ponto de encontro, vai desligar o aplicativo e ficar em casa. Aqui em Maceió, estamos trabalhando para que 100% da categoria participe”, disse.
Lins afirma que as propostas apresentadas pelas empresas são inviáveis para os trabalhadores. “Eles querem pagar cerca de R$ 12,00 por hora, sendo que atualmente já pagam cerca de R$ R$ 22,00. A nossa proposta é de R$ 35,00, no mínimo. Não aceitamos a deles, levamos contraproposta e não tivemos acordo. Então, vamos fazer a paralisação nacional”, contou.
O entregador por aplicativo Gabriel dos Santos diz que não terá mais condições de trabalhar, caso a remuneração mínima praticada seja a que está sendo proposta pelas empresas e por isso vai aderir à greve.
“Nós conseguimos bem mais do que R$ 12,00 em uma hora trabalhada. É muito pouco o que eles querem oferecer. Tem muito colega da gente que já disse que vai sair porque não tem condições desse jeito. A gente passa o dia todo na rua, faça chuva ou sol, correndo risco de assalto e ir para casa no final do dia com R$ 50,00, é melhor trabalhar de carteira assinada, vou ganhar melhor fichado”, afirmou.
NEGOCIAÇÕES
Nos últimos quatro meses, um grupo de trabalho (GT) instituído pelo Governo Federal formado por governo, empregadores e trabalhadores esteve negociando para chegar a um consenso sobre ganhos mínimos, indenização pelo uso dos veículos, previdência, saúde dos trabalhadores e transparência algorítmica, mas, sem sucesso.
O Conselho Nacional dos Sindicatos de Motoboys e Motoentregadores, a Aliança Nacional dos Motoboys e Motoentregadores e as centrais sindicais reivindicam os valores mínimos de R$ 35,76 para motociclistas e R$ 29,63 para ciclistas profissionais por hora.
Já a proposta das empresas varia de R$ 10,20 a R$ 12,00 para motociclistas e de R$ 6,54 a R$ 7.00 para ciclistas. Elas são representadas pela Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) – que reúne as empresas Amazon, iFood, Flixbus, Uber, Zé Delivery, Buser, 99 e Lalamove – e pelo Movimento Inovação Digital (MID) – que reúne mais de 150 empresas, entre elas, Mercado Livre, GetNinjas, PayPal, Loggi, Movile, Americanas, C6 Bank, Facily, Rappi, OLX e euEntrego.
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