Como uma etapa presente na vida de toda mulher, com a idade avançando a chegada da menopausa é inevitável. De forma precoce ou tardia, todas irão lidar com sintomas desconfortáveis como ondas de calor, queda da libido e cansaço. O período marca o fim dos ciclos menstruais por conta da diminuição na produção de hormônios. E com essa baixa produção no organismo, alguns problemas de saúde mais graves ligados à saúde cardiovascular podem surgir.

No entanto, a médica ginecologista Thayse Ferro explica que um dos caminhos para minimizar estes sintomas e melhorar a qualidade de vida na menopausa é a reposição hormonal.

“Conhecida também como TRH, essa reposição hormonal é um tipo de tratamento que visa repor especialmente dois hormônios que a mulher deixa de produzir ao entrar nesse estágio: o estrogênio e a progesterona. Esse tratamento tem como objetivo diminuir os sintomas da menopausa que podem atrapalhar a qualidade de vida da mulher e reduzir o risco de problemas de saúde por conta da baixa produção desses hormônios”, pontua Ferro.

Segundo a ginecologista, uma das doenças ligadas à baixa produção de estrogênio é a osteoporose, “já que esse hormônio é responsável por levar o cálcio para dentro dos ossos e por melhorar a absorção do cálcio pelo corpo”, explica.

Ao TH Entrevista, Thayse Ferro ressaltou que o tratamento deve ser conduzido por um profissional específico, ou seja, um ginecologista ou endocrinologista. “Nesse tratamento é considerado a idade da mulher, quais são os sintomas que ela está apresentando e por quanto tempo a reposição acontecerá. Ela pode ser feita de duas formas: por via oral, com uso de comprimidos, e via percutânea, a partir do uso de adesivos colados na pele ou cremes vaginais”.

A médica explica ainda que a reposição hormonal com estrogênio e progesterona costuma ser indicada para mulheres que ainda possuem útero. Já a terapia apenas com estrogênio é indicada para mulheres que precisaram retirar esse órgão, por conta de alguma alteração de saúde.

“A contraindicação desse tipo de tratamento é para mulheres com câncer de mama e de endométrio; doenças cardiovasculares pré-existentes, como infarto e AVC; lúpus; doença coronariana; e alterações na coagulação do sangue. Também é importante frisar que a reposição hormonal não é indicada para mulheres que apresentam sintomas leves da menopausa e conseguem levar sua vida sem maiores incômodos, devido ao custo-benefício desse tipo de tratamento.

Mulheres que já entraram na menopausa há mais de 10 anos ou possuem mais de 60 anos de idade também devem ter a indicação avaliada com mais critério”, detalha Thayse.

A entrevista na íntegra com a médica ginecologista você pode conferir abaixo: