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Novas vistorias são realizadas nas áreas vizinhas aos bairros afetados por afundamento de solo

Visitas são feitas pelo Comitê Técnico que monitora o incidente gerado pela mineração da Braskem

Por Marcelle Limeira / Ascom Defesa Civil 25/04/2023 02h17
Novas vistorias são realizadas nas áreas vizinhas aos bairros afetados por afundamento de solo
Comitê Técnico faz vistoria para identificar possíveis novas rachaduras - Foto: Alisson Frazão / Secom Maceió

O Comitê Técnico da Defesa Civil de Maceió está realizando novas vistorias nas casas que estão nas bordas do Mapa de Linhas de Ações Prioritárias (V4). O mapa indica o limite dos eventos ocasionados pelo afundamento do solo, decorrente da mineração de sal-gema pela empresa Braskem. As áreas adjacentes são visitadas periodicamente para verificar se houve avanço no evento, também conhecido tecnicamente como subsidência do solo.

Os bairros que são parte das áreas adjacentes são divididos em seis áreas, que são visitadas dentro de um cronograma de monitoramento, a cada seis meses. “No ano passado chegamos a visitar 319 residências somente no segundo semestre, e 147 no primeiro, totalizando 466 em 2022. A expectativa desse primeiro semestre de 2023 é que ultrapassemos 300 vistorias”, explica a coordenadora do Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil (Cimadec), Caroline Vasconcelos.

As visitas têm por objetivo conferir nessas residências se aparecem novas manifestações patológicas e, sendo encontradas, se têm relação com o processo de subsidência do solo, que atingiu os bairros Mutange, Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro e Farol. Até o momento, três áreas já foram concluídas, totalizando 159 residências.

Após a finalização das seis áreas, o Comitê Técnico produz o parecer das vistorias e protocola nos órgãos de controle que acompanham o caso.

Monitoramento

Além das visitas periódicas realizadas pelo Comitê Técnico, o Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil faz o monitoramento diário de forma ininterrupta, pelos equipamentos instalados em toda a área atingida e em seu entorno.

Um desses equipamentos é o Sistema de Posicionamento Global Diferencial (DGPS), que pode medir a movimentação do solo vertical e horizontal (3D) em milímetros, em tempo real.

Técnicos da área de Geologia, Geografia e Engenharias de Agrimensura e Civil monitoram os dados de possíveis deslocamentos em superfície, subsuperfície, inclinação e rotação, que tem por objetivo acompanhar a evolução espacial e temporal do fenômeno de subsidência.

Métodos utilizados

- Rede sismológica com 14 sensores superficiais e 12 em profundidade;

- Interferometria de radar por abertura sintética (InSAR) em uma área de aproximadamente 16 km², e com alta resolução espacial;

- 75 Receptores com Sistema diferencial de navegação Global por satélite (DGPS's);

- Quatro Inclinômetros com 250m de profundidade e sensores a cada 1m;

- 13 Tiltímetros;

- Três Pluviômetros instalados próximos a área afetada.