Cidades
Casos de chikungunya aumentam mais de 30 vezes em Maceió

Enquanto os casos de dengue caíram 35% nos primeiros três meses de 2023 na comparação com o mesmo período do ano passado, os casos de febre chikungunya na capital alagoana foram 30 vezes maiores este ano. Um aumento percentual de 2.937%.
Dados da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS) indicam que apenas 8 casos da doença foram registrados nos meses de janeiro, fevereiro e março do ano passado. No mesmo período deste ano já são 243 casos notificados até o momento.
Para o infectologista Fernando Maia é normal que a cada ano haja uma prevalência maior de uma das três doenças transmitidas pelos mosquitos. “Ano passado nós tivemos uma franca prevalência do vírus da dengue. Já este ano é a chikungunya que tem predominado em Alagoas, mas o esperado é mesmo que tenha sempre a prevalência de uma doença sobre as outras, até porque não é esperado que um único mosquito consiga carregar dois vírus diferentes”, afirma.
De acordo com o especialista, a doença é mais transmitida no verão, por ser a época de mais calor, que também é acompanhada de chuvas rápidas, o que favorece a formação de criadouros e a proliferação dos mosquitos.
COMO EVITAR
De acordo com Fernando Maia, a medida mais importante e efetiva no combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti é evitar os criadouros. “Todas as outras medidas, como usar repelente, inseticidas ou o carro fumacê são apenas medidas paliativas e parciais. O fumacê, por exemplo, só consegue atingir os mosquitos adultos, que já estão voando, mas não as larvas que estão nos criadouros. Em muitos casos o mosquito já nasce infectado, então a única medida realmente efetiva é combater os criadouros”, pontua.
“População precisa ajudar a reduzir os criadouros do mosquito Aedes aegypti”
É também o que afirma Carmem Samico, gerente de Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos da SMS. “A população precisa nos apoiar no sentido de reduzir criadouros de mosquito especialmente dentro das residências”, pede a gerente.
Carmem clama ainda para que a população verifique os locais de acúmulo de água todas as semanas, pois é o tempo que leva o ciclo reprodutivo do inseto transmissor. “Dentro de um imóvel os criadouros podem estar em qualquer ambiente. É preciso que se evite que vasos de plantas, bebedouros de animais, calhas, baldes e outros recipientes acumulem água por mais de sete dias, pois a cada semana há novas gerações de mosquito”, alerta.
Outra forma de contribuir com o combate ao mosquito transmissor é denunciar áreas com possibilidade de proliferação do vetor ligando para o Disque Dengue, no número (82) 3312-5495.
SINTOMAS
Com o final do verão a tendência é uma redução no número de casos de dengue, zika e chikungunya, diz o infectologista Fernando Maia. No entanto, é importante continuar atento aos sintomas das doenças e procurar atendimento médico nos casos mais graves.
“Se a pessoa tem um quadro de dor forte nas articulações e febre alta que persiste por mais de 12 horas, toma remédio, mas a febre baixa e volta: está na hora de procurar atendimento”, diz o médico.
O infectologista alerta ainda que a chikungunya também pode matar. “Então é importante procurar o serviço de saúde, ser avaliado e fazer os exames para que seja feito o diagnóstico e possam ser tomadas as medidas corretas”, conclui.
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