Cidades

Caso Apollo: ação por danos morais é ajuizada contra Prefeitura de Maceió

Cachorro da raça Weimaraner, de 13 anos de idade, foi submetido a eutanásia no CCZ sem conhecimento do dono

Por Tribuna Hoje com Assessoria 09/03/2023 15h27 - Atualizado em 09/03/2023 15h31
Caso Apollo: ação por danos morais é ajuizada contra Prefeitura de Maceió
Apollo foi vítima de eutanásia em Maceió - Foto: Reprodução

Dando continuidade aos trâmites jurídicos, nesta quinta-feira (09) foi ajuizada uma ação de indenização por danos morais contra a Prefeitura de Maceió em razão da morte por eutanásia do cão Apollo, realizada pela Unidade de Vigilância de Zoonoses, no mês de fevereiro. No caso em questão, foi comprovado que a eutanásia não deveria ter sido realizada, pois o animal estava saudável.

O ato traumático, sendo enquadrado como um procedimento desnecessário, além de causar inúmeras dores e sofrimentos para os donos decorrentes da morte do animal de estimação, também vai contra as leis de proteção aos animais, que preveem a adoção de medidas para garantir a sua integridade física e mental.

A partir da ação, é esperado que a Prefeitura de Maceió assuma a sua responsabilidade neste caso e tome as medidas necessárias para evitar que situações como esta voltem a ocorrer. A situação também permite um reforço da importância da conscientização sobre a proteção e os cuidados com os animais, fazendo com que este caso seja um exemplo para que outras instituições e indivíduos tenham mais respeito e cuidado com os mesmos.

O CASO

Após fugir da casa de seu tutor, em Cruz das Almas, na manhã da última sexta-feira (17), Apollo, um cão da raça Weimaraner, de 13 anos de idade, foi finalmente encontrado, na tarde do mesmo dia, na Praia de Jatiúca, por guarda-vidas do Corpo de Bombeiros (CB). Depois de horas sem se alimentar e caminhando longa distância, o animal estava desidratado e exausto. Os militares o acolheram, deram água e o colocaram na sombra.

O tutor e a médica veterinária de Apollo ficaram aliviados por saber que ele tinha sido resgatado, mas isso logo virou pesadelo. Após encontrarem o animal, os guarda-vidas acionaram a Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), antigo CCZ, que recolheu Apollo e decidiu pela morte do animal, o procedimento de eutanásia.“Quando soubemos que o CCZ havia recolhido o Apollo ficamos aliviados, pelo menos ele não havia dormido na rua. Mas, para nossa surpresa, quando ligamos, o responsável nos disse que o Apollo havia sido eutanasiado. Como assim? E por qual motivo? Doença que não lhe possibilitava qualquer inviabilidade de continuar vivendo?”. diz a médica veterinária Leila Patrícia Correa.No entanto, o tutor e a médica que cuidavam de Apollo garantem que ele estava saudável, apenas com problemas de qualquer animal idoso. Já o UVZ disse que animal estava doente que a eutanásia foi feita para impedir sofrimento dele.

Por meio de nota, a Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) informou que o cão “estava idoso, com sobrepeso, desidratado, olhos lesionados, sem estímulo visual e com lesões cutâneas, o que caracterizou o animal em situação de sofrimento e sem condições de tratamento. Nestes casos, a medida adotada para abreviar o sofrimento do animal é o procedimento da eutanásia, feita após toda a avaliação clínica necessária”.

Além disso, a nota encaminhada denuncia que Apollo teria sido abandonado na Praia de Cruz das Almas.