Parece não ter surtido efeito o apelo da Associação Comercial de Maceió acerca do respeito, sensibilidade e atenção na preservação do patrimônio durante os desfiles do Jaraguá Folia. Na semana passada, as escadarias históricas passaram a ser alvo de vandalismo e falta de cuidado de muitas pessoas que frequentam a vida noturna no bairro.

Na noite desta sexta-feira (10), um homem de 32 anos, sofreu um acidente após escalar e depredar um poste iluminação pública em frente à Associação Comercial de Maceió, na Rua Sá e Albuquerque, no bairro histórico. 

Com a queda, ele sofreu fraturas expostas no membro inferior e superior esquerdo e queixava-se de dores na coluna lombar, sendo socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado para um hospital particular, localizado no bairro farol, em Maceió.

Segundo a Associação, toda segunda-feira o local precisa ser lavado, já que o que se vê após o final de semana é muita sujeira acumulada sobre os degraus, principalmente chicletes e latas de cerveja, restos de comida, copos e papéis. Além disso, há também quem risque as paredes do prédio, urine nas laterais ou quebre as escadarias de mármore - tão destacadas em milhares de fotografias que circulam o mundo inteiro.

NOTA

A Diretoria da Associação Comercial de Maceió vem a público, mais uma vez, posicionar-se sobre os reiterados atos de depredação e vandalismo contra a sede histórica da entidade, que é um patrimônio cultural de nosso Estado, de cunho privado.

Inconformada, assim como toda a população alagoana, com o descaso de alguns participantes de eventos no bairro de Jaraguá, a diretoria da entidade já estava decidida em arrodear sua sede com o fechamento por tapumes, para proteção de suas instalações. Todavia, ciente de sua importância para os eventos festivos, entendeu por veicular notas públicas de apelo à população, no sentido de que todos contribuíssem para preservação desse nosso centenário patrimônio e tão importante para a história e economia alagoana.

As cenas lamentáveis que já circulam nas redes sociais mostram que o nosso alerta era verdadeiro, nosso apelo era fundamentado, mas não foram suficientes para evitar os atos de deterioração, tampouco para que os setores públicos adotassem medidas eficazes para coibir tais condutas.

Assim, em respeito e contribuição à população alagoana e à importância da sede de nossa entidade para a história de Alagoas, será inevitável que, definitivamente, procedamos ao isolamento da área por tapumes.