Cidades

Professores contratados da rede pública estadual voltam a protestar por falta de pagamento

Professor procurou a Tribuna Independente para relatar os problemas financeiros e emocionais que tem passado sem o salário de janeiro

Por Redação 05/02/2023 16h20 - Atualizado em 05/02/2023 16h48
Professores contratados da rede pública estadual voltam a protestar por falta de pagamento
O professor Evandro Pedrosa espera uma resposta da Seduc - Foto: Cortesia

Os professores contratados da rede pública de Alagoas devem voltar a se manifestar nesta segunda-feira (6), no CEPA, localizado no farol, em Maceió, contra a rescisão dos contratos e a falta de pagamento dos salários do mês de janeiro. A intenção é buscar solução para o problema junto ao secretário de Estado da Educação, Marcius Beltrão.

Segundo informações da diretora do Sindicato dos Professores Contratados da Rede Pública de Alagoas (Sinprocorpal), Micheline Borges, a categoria foi informada pelos diretores escolares que seus contratos serão rescindidos, mesmo aqueles ainda vigentes, para serem recontratados no próximo mês. Com isso, os professores contratados ficarão sem os salários de janeiro.

“Os diretores participaram de uma reunião e foram orientados a repassar aos docentes que os contratos, mesmo aqueles vigentes, foram encerrados em 31 de dezembro do ano passado. Eles serão assinados novamente em fevereiro, que é quando começam as aulas. Isso para não pagar janeiro. É o mês de férias e todo trabalhador tem direito. É um absurdo isso”, informou Borges em entrevista.

Os professores alegam que foram pegos de surpresa uma vez que não foram avisados previamente sobre a rescisão dos contratos. “Não recebemos nenhum aviso sobre isso. A informação veio faltando apenas quatro dias para o pagamento dos salários. Até hoje pela manhã, a prévia do contracheques estava disponível no sistema. Agora, não mais. Primeiro a gente ficou sem o rateio do Fundeb e agora estamos sem o salário de janeiro. É difícil para o professor que depende apenas desta renda”, disse.

O professor Evandro Pedrosa procurou a Tribuna Independente para reforçar a insatisfação da categoria e convocar a todos os trabalhadores da Educação prejudicados pela decisão. "O trabalho no Estado é minha única fonte de renda e estou passando por dificuldades. Não se faz isso com a categoria mais importante da vida humana, professores são tudo na formação", desabafou.

Pedrosa reforça que a situação deixa professores com problemas não só financeiros, mas também emocionais.

O professor Evandro Pedrosa procurou a Tribuna Independente para relatar sua situação - Foto: Sandro Lima

Em nota, a Seduc informou que os contratos temporários tiveram suas vigências encerradas em 31 de dezembro de 2022, o que coincidiu com o período de término do ano letivo.

"Destacamos ainda que os servidores temporários que permaneceram em exercício de suas funções em 2023, por estarem cumprindo a carga horária do ano letivo anterior, deverão comparecer às Gerências Regionais para regularização de suas situações, o que garantirá o pagamento deste mês de janeiro. Salientamos, também, que as futuras convocações de servidores temporários ocorrerão mediante as carências da rede para o início do ano letivo", diz a nota.

"Por fim, a Seduc reafirma o compromisso com os princípios da boa administração pública, especialmente com a transparência e o diálogo", finaliza.