Cidades

Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB/AL cobra apuração de morte de transexual

Ordem encaminhou ofícios para polícia e MP/AL; corpo foi achado na manhã de domingo (22)

Por Ascom OAB/AL 23/05/2022 18h50 - Atualizado em 23/05/2022 18h54
Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB/AL cobra apuração de morte de transexual
Marcus Vinícius Vasconcelos, presidente da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB/AL - Foto: Ascom OAB/AL

A Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) enviou ofícios, nesta segunda-feira (23), para a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual, cobrando a apuração da morte da travesti Larah Skalwalker. O corpo da transexual foi achado na manhã desse domingo (22), no bairro de Jaraguá, em Maceió, em avançado estado de decomposição e com marcas de violência.

Nos ofícios enviados, o presidente da Comissão da Diversidade Sexual e Gênero da OAB/AL, Marcus Vanconcelos, expressa “profundo pesar e indignação” e ressalta que, “diante de todos os sinais de violência encontrados, presenciamos mais uma possível vítima de transfobia, em um mês cujo enredo é pelo seu combate”.

Além de cobrar a apuração do caso, a Comissão pede para que a Polícia Civil adote medidas urgentes para que sejam identificados os envolvidos. “Casos como esse demonstram o constante perigo para a comunidade LGBTQIA+ em nosso estado e o receio pelo qual a comunidade passa, por temer por sua própria existência”, acrescenta.

De acordo com Marcus Vasconcelos, a Comissão da Diversidade Sexual e Gênero da OAB/AL está à disposição dos familiares e de amigos da vítima. “Infelizmente grande parte da comunidade LGBTQIA+, principalmente as mulheres travestis e transexuais, são obrigadas a levar uma vida de privação de direitos e de total exclusão da sociedade, circunstâncias que acabam por dificultar as investigações em casos de violência. Seria muito importante que os familiares se apresentassem e colaborassem com as investigações”, destaca.

Outra forma de colaborar com o caso, de acordo com Marcus Vasconcelos, é através dos canais oficiais de comunicação da polícia. “Se alguém testemunhou o caso ou tem alguma informação que possa contribuir com a solução do crime, basta entrar em contato, de forma anônima, com a Polícia Civil por meio do Disque Denúncia, que tem como número o 181”, conclui.