Cidades
Família quer retratação e indenização em morte de idosa ironizada por estagiária de medicina
Conselho de Medicina apura circunstância do falecimento
A família de Lenilda Silva Nunes de 62 anos deve ingressar judicialmente contra a estudante de medicina que fez postagens ofensivas nas redes sociais relacionadas ao óbito da paciente. Segundo a advogada da família, Luciana Omena, eles querem retratação pelo ocorrido e indenização por danos morais.
“A família está muito abalada, além do luto passar por toda essa exposição. Estão sendo assediados, inclusive pela família, o caso ganhou repercussão nacional. Eles estão buscando uma retratação e indenização, Está tudo muito recente, estamos avaliando os dados do que ocorreu, colhendo informações do que ocorreu. Está tudo muito recente, mas o que a família busca hoje é uma reparação”, diz Luciana Omena.
Segundo a advogada, Lenilda Silva Nunes tinha pressão alta e diabetes e deu entrada na unidade de saúde após passar mal. As circunstâncias do óbito e o atendimento da paciente também vão passar por investigação do Conselho Regional de Medicina (Cremal). O presidente da entidade, classificou o caso como “algo jamais visto”.
“O Cremal não tem nenhuma ação coercitiva contra a estudante, só atua contra médico formado, mas estamos apurando as circunstâncias do fato para verificar se o atendimento foi feito de forma correta, se os médicos estavam presentes, se atenderam a paciente. Essa é uma situação nova, nunca nos deparamos com algo assim, não podemos aplicar nenhum tipo de penalidade. Ela [estudante] por enquanto continua estudando e a faculdade deve ser vigilante quanto à formação dos alunos”, pontua.
O CASO
Na última terça-feira (8), Lenilda Silva Nunes deu entrada na Unidade Mista Dr. José Carlos de Gusmão após sentir dores no peito.
Segundo informações da família da paciente, ela foi atendida inicialmente pela estagiária e em seguida o médico de plantão deu sequência ao atendimento. A paciente veio a óbito ainda na unidade.
Durante a permanência de Lenilda na unidade de saúde, a estudante realizou postagens em rede social onde expôs o prontuário da paciente e deu detalhes do quadro clínico. Logo após o óbito, ela “atualizou” seus seguidores com a informação de que “a mulher morreu e eu não dormi”.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais e foi destaque nacionalmente. De acordo com informações da Prefeitura de Marechal Deodoro a estudante de medicina foi desligada do estágio no Município.
Já o Centro Universitário Cesmac, onde ela cursa Medicina, informou que o Colegiado do Curso decidiu afastar a aluna por seis meses das atividades e uma reunião está prevista para hoje (11) para definir se outras providências poderão ser adotadas.
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