Cidades

Peixes aparecem mortos na Lagoa da Anta em Maceió na manhã desta quinta-feira (03)

Equipe do IMA foi até o local para coletar amostras e resultado de análises deve sair nesta sexta-feira (04)

Por Tribuna Hoje 03/03/2022 14h16 - Atualizado em 03/03/2022 14h25
Peixes aparecem mortos na Lagoa da Anta em Maceió na manhã desta quinta-feira (03)
Já apareceram peixes mortos na Lagoa da Anta em anos anteriores - Foto: Reprodução

Vários peixes da Lagoa da Anta, no bairro da Jatiúca, em Maceió, apareceram mortos nesta quinta-feira (03). De acordo com populares, a poluição na região pode ser a causa. Pescadores também acreditam que a falta de oxigênio estão matando os animais. Uma equipe  do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) foi encaminhado ao local para coletar amostras. De acordo com o órgão, o resultado das análises que serão feitos a partir do material coletado ficará pronto nesta sexta-feira (04).

Essa não é a primeira vez que os registros de peixes mortos são feito no local, em fevereiro de 2019 e em novembro de 2021 a mesma situação foi flagrada por quem passava pela região.

Ricardo César, coordenador de Gerenciamento Costeiro do IMA, acredita que as mortes tenham sido causadas devido à baixa da quantidade de oxigênio na água da lagoa.

“É uma possibilidade ter ocorrido essa queda de oxigênio dissolvido, tanto pelo acúmulo de matéria orgânica, quanto pelo ‘bloom’ de algas, como a mortandade geralmente é a noite quando as algas consomem mais oxigênio e liberam gás carbônico, isso mostra uma tendência que houve uma queda de oxigênio”, explica César.

Ele esclarece que o ‘bloom’ de algas, ou floração de algas marinhas, é uma proliferação dos organismos planctônicos, como as algas, e acontece geralmente em época de chuvas, quando as águas levam nutrientes para os rios e lagoas.

Na ocasião anterior, o IMA já havia esclarecido que a mortandade de peixes nesta lagoa é recorrente por motivos ambientais cíclicos. Mas, mesmo tendo ocorrido no mesmo período e de anos anteriores, o coordenador de Gerenciamento do IMA, diz que não há como relacionar o fenômeno ‘’mesmo com o caso se repetindo no mesmo período, é difícil relacionar o fenômeno apenas com a época do ano’’.

Em 2019, a quantidade foi bem maior do que a registrada em novembro de 2021 e a desta quarta-feira. Ricardo César explica ainda que quando os ventos fortes vindo do Nordeste ou do Sudeste envolve o fundo do lago, às vezes no verão, é comum que o fenômeno aconteça – a proliferação das algas e até nas duas grandes lagunas, Mundaú e Manguaba, quanto na Lagoa da Anta, mas não é possível fazer uma relação apenas com a época. “Pode ser uma conjunto de fatores, por isso, coletamos amostras’’.