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Defesa Civil de Maceió prepara nova versão do mapa de danos da mineração nos bairros

Prazo para divulgação, porém, não foi informado pelo órgão municipal

Por Texto: Evellyn Pimentel com assessorias com Tribuna Independente 08/12/2020 09h04
Defesa Civil de Maceió prepara nova versão do mapa de danos da mineração nos bairros
Reprodução - Foto: Assessoria
Após o Ministério Público Federal (MPF) recomendar a atualização do mapa de setorização de danos dos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto, a Defesa Civil de Maceió afirmou à reportagem da Tribuna Independente que está preparando uma atualização no documento. O prazo para divulgação, porém, não foi informado. “A Coordenadoria Especial Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) informa que a atualização do Mapa de Setorização de Danos e de Linhas de Ações Prioritárias é realizada em conjunto com a Defesa Civil Nacional, Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e consultorias das Universidades Federais de Pernambuco e Rio Grande do Norte. Os estudos de campo e análise dos relatórios estão sendo realizados e, assim que concluído, a versão 4 do Mapa de Setorização de Danos e de Linhas de Ações Prioritárias será encaminhada aos órgãos signatários do Termo de Acordo, bem como amplamente divulgada para a população”, informou a Defesa Civil. Na semana passada, o MPF anunciou a recomendação que segundo o órgão federal é necessária para que se compreenda a magnitude das mudanças no solo, além de integrar as informações repassada até agora pela Braskem. O prazo dado pelo MPF acaba na próxima sexta-feira (11). “O ofício, de autoria da Força Tarefa do MPF para o Caso Pinheiro, aborda a importância da atualização completa do mapa, visto que em setembro houve apenas uma atualização parcial, decorrente de estudos apresentados pela Braskem que apontaram para a necessidade de alteração da classificação da criticidade de cerca de 2.200 imóveis situados no bairro do Bebedouro, incluindo parte da região do Flexal de Baixo. Para o MPF, a atualização do mapa se torna imprescindível em razão da complexidade dos estudos apresentados pela mineradora. Para as procuradoras da Força-Tarefa, compreender a real situação da região é necessário para que se possa reunir elementos que indiquem tecnicamente a necessidade de ampliação, ou não, da área de abrangência do Mapa de Setorização”, disse o MPF. CPRM volta a Maceió O trabalho realizado em conjunto, citado pela Defesa Civil, com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) deve ganhar um reforço. É que segundo o serviço de pesquisa, equipes virão a Maceió para realizar novos estudos na região. Os estudos devem durar oito meses. Além dos pesquisadores do CPRM, participam dos trabalhos especialistas da universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). “Um grupo de pesquisadores mestres e doutores das duas instituições deverá aprofundar o conhecimento sobre a fonte dos fenômenos sismológicos registrados nos bairros Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e proximidades, com o objetivo de fomentar as ações de prevenção de desastres na região. Os estudos devem ser realizados nos próximos oito meses, conforme prevê o plano de trabalho, contando com o envolvimento de sete pesquisadores da UFRN, nove pesquisadores do SGB-CPRM e um pesquisador do Instituto Nacional de Meio Ambiente e Riscos Industriais da França (Ineris). Neste período, estão previstas atividades de campo - ainda sem datas definidas, bem como workshops internos entre os pesquisadores para implantação de banco de dados sismológicos e discussão de novos estudos realizados para a região”, detalhou a assessoria de comunicação do CPRM. Segundo a Defesa Civil, o trabalho enfoca os fenômenos sismológicos e será feito de forma integrada.