Cidades
Pinheiro: Braskem afirma que se responsabilizará, caso seja comprovada culpa
'Não temos nada que diga que foi a Braskem, a não ser especulações', diz gerente
Em entrevista à TV Pajuçara na noite desta segunda-feira (8), o gerente de Relações Institucionais da Braskem, Milton Pradines, afirmou que a empresa se responsabilizará por todos os cidadãos prejudicados pelo aparecimento de rachaduras no bairro do Pinheiro, em Maceió, caso seja comprovada a responsabilidade da Braskem no caso.
Pradines afirmou que a posição oficial da Braskem é que não fugirá da responsabilidade e arcará com tudo o que for imposto à empresa, incluindo possíveis indenizações futuras a moradores das regiões atingidas, desde que fique comprovada a relação entre a mineração e as rachaduras. “Vamos arcar com a responsabilidade se houver algum indicativo que afirme que a Braskem tem relação com o problema”, disse.
A entrevista com o gerente começou com um anúncio de um termo de cooperação técnica entre Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal (MPF), Prefeitura de Maceió e Braskem. “A gente tem ações de engenharia, como toda a drenagem superficial e o preenchimento de vazios que já foram detectados”, disse Pradines. Esses espaços vazios foram detectados em estudos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) que foram apresentados no Senado Federal. De acordo com Pradines, a partir de procedimentos com robôs móveis, serão possíveis imagens e novas informações sobre esses espaços.
Milton Pradines afirmou, durante a entrevista, que o termo com os órgãos foi fechado na quinta-feira (4) e que as fissuras que atingem as vias do Pinheiro também são constatadas há mais de 60 metros de profundidade. “Vamos iniciar, ainda nesta semana, as análises com os robôs móveis”, disse o gerente.
Sem provas
Segundo Pradines, ainda não há nenhum tipo de vínculo entre as operações da Braskem e os problemas do bairro. “Ainda não há laudo definitivo. Não temos nada ainda que, de fato, diga que foi a Braskem, a não ser especulações. Então, continuamos acreditando que nossas operações não têm nexo causal com o que está acontecendo”, afirmou.
Ainda de acordo com o gerente, operações com sonares mostraram que as minas da Braskem estão intactas e que não há indícios de que elas tenham causado os incidentes no bairro. “Esse é um problema extremamente complexo. O que acreditamos é que esse é um problema maior do ponto de vista estrutural do que apenas questões localizadas. Por que a gente está aprofundando outros estudos? Para que a gente possa dar às autoridades uma possibilidade de ter um elenco enorme que possa configurar todas as causas do problema”, declarou.
O gerente também criticou a forma de como os estudos do CPRM sobre o afundamento de alguns bairros em Maceió têm sido interpretados por autoridades. “É preciso ter muita responsabilidade com isso, porque você, aparentemente, pode apontar um culpado, achar que está resolvendo o problema e este problema, na verdade, está se prolongando ao longo do tempo”, disse.
Foi abordada, na entrevista, a tentativa do Ministério Público Estadual de bloquear quase R$ 7 bilhões da Braskem. “O MPE está atuando dentro de suas prerrogativas, mas como o MPE mesmo diz, não há um laudo conclusivo e a responsabilidade da Braskem com o estado é muito grande”, afirmou.
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