Cidades

Geólogos se reúnem com professores da Ufal nesta terça e debatem sobre rachaduras

Ruas no Pinheiro continuam com as mesmas rachaduras do dia 15 de fevereiro

Por Texto: Rívison Batista 12/03/2018 22h34
Geólogos se reúnem com professores da Ufal nesta terça e debatem sobre rachaduras
Reprodução - Foto: Assessoria
Uma equipe de geólogos visitou, na tarde desta segunda-feira (12), as ruas no bairro do Pinheiro, na parte alta de Maceió, que apresentam fissuras e rachaduras. Os geólogos são do Serviço Geológico do Brasil, também chamado de Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) – nome de fantasia que advém da razão social da companhia. Após verem a situação no Pinheiro, os geólogos reuniram-se com a Defesa Civil do município. O coordenador da Defesa Civil de Maceió, Dinário Lemos, falou à reportagem da Tribuna que as informações ainda são preliminares. “Nós fizemos um mapeamento das localidades do Pinheiro que apresentam rachaduras. Nesta terça-feira (13), os geólogos irão se reunir com os professores da Ufal [Universidade Federal de Alagoas] Rochana de Andrade Lima e Ricardo Queiroz, ambos geólogos”, afirmou o coordenador, que ainda disse que, até quarta-feira (14), a equipe deve ter um planejamento certo para o que deve ser feito no local. Segundo Dinário Lemos, após essa reunião com os professores da universidade, devem ser tomadas as primeiras diretrizes para a Defesa Civil agir em conjunto com a CPRM. “Eles [os geólogos] vão nos dar o direcionamento desse processo. Existe a hipótese de usarmos um aparelho que faz imagens do subsolo como se fosse um ‘raio x’, mas isso ainda é preliminar. Tudo será decidido após a reunião desta terça”, informou Dinário. A reunião entre geólogos e professores vai acontecer na sede da Defesa Civil Municipal. Tremor em Maceió Dinário Lemos afirmou que o tremor sentido na cidade de Maceió na tarde do dia 3 de março não provocou maiores estragos na região já castigada pelas fissuras no Pinheiro. “Casas que apresentavam rachaduras tiveram, sim, um aumento nas fissuras, de acordo com o levantamento que fizemos. Mas não detectamos o surgimento de nenhuma grande rachadura nova após o tremor”, afirmou o coordenador da Defesa Civil. Ainda de acordo com o coordenador, ainda é cedo para afirmar se as rachaduras que apareceram na Alameda Acre e na Rua Professor Mário Marroquim no dia 15 de fevereiro (uma quinta-feira) têm relação com o tremor de terra do dia 3 (um sábado). “Há várias linhas de pesquisa sobre toda essa história. Eu acredito que, após a reunião desta terça, a equipe tenha elementos suficientes para ter uma linha de trabalho”, disse. As ruas no Pinheiro continuam com as mesmas rachaduras do dia 15 de fevereiro (inclusive, a Alameda Acre chegou a ser interditada por causa das fissuras), porém Dinário Lemos afirmou que a Prefeitura deve recuperar as vias em breve. Audiência na Câmara Uma audiência pública debateu, na manhã desta segunda, na Câmara Municipal de Maceió, o tremor de terra registrado no dia 3 de março. O debate foi proposto pelo vereador Silvio Camelo (PV) e reuniu especialistas e representantes de vários órgãos públicos e de entidades de classe, além da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e do Ministério Público Estadual (MPE). Entre deliberações tomadas, a serem encaminhadas ao Poder Público, estão a proposta de suspensão de novos alvarás de construção nas regiões atingidas; laudos técnicos que assegurem o aluguel social para as famílias cujos imóveis terão que ser desocupados; elaboração de um laudo com as causas do tremor, que poderá ficar pronto em um prazo de 30 dias, como recomendou o MPE; execução, via município, de um Plano Diretor de Saneamento para Maceió e a visita da Defesa Civil Municipal nesta terça, às 9h, aos condomínios Divaldo Suruagy, blocos 7A e 7B e ao Espanha, no bairro do Pinheiro.