Cidades

Em Alagoas, 16 mil aposentados por invalidez são convocados para revisão

Decisão de peritos de sair do programa de revisões pode prejudicar "pente-fino" no estado

Por Tribuna Independente 03/08/2017 07h59
Em Alagoas, 16 mil aposentados por invalidez são convocados para revisão
Reprodução - Foto: Assessoria

Ainda este mês, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) convocará, em todo o país, beneficiários de aposentadoria por invalidez para análise. Em Alagoas, a segunda etapa da ‘Operação Pente-fino’ atingirá 16.421 benefícios.

De acordo com o INSS, as cartas de convocação começarão a ser enviadas a partir da segunda quinzena de agosto e a previsão é que após os agendamentos as perícias comecem nos primeiros dias do mês de setembro.

No entanto, um impasse entre médicos peritos e Governo Federal pode prejudicar o andamento das reavaliações. É que desde o dia 11 de julho, os peritos que participavam do programa de revisões iniciaram descredenciamento em resposta a uma decisão presidencial.

Dos 23 peritos que estavam realizando as reavaliações no estado, 15 haviam solicitado o desligamento. Os profissionais reivindicam a derrubada do veto que trata da exclusividade de atuação e possibilidade de terceirização das perícias por médicos do Sistema Único de Saúde (SUS).

O perito Renato Arena explica que os profissionais aguardam negociação com a Presidência da República. Eles pedem que o presidente Michel Temer volte atrás na decisão. O prazo para que isso aconteça terminada no dia 10 deste mês.

Ainda de acordo com o perito o atendimento já está prejudicado. As revisões agendadas têm sido feitas parcialmente e novas perícias não tem sido marcadas.

“Eles não estão marcando mais porque a gente pediu para parar de marcar. O que está vindo é o que já estava agendado, hoje ao invés de fazer três eu só fiz uma. O que o Governo andou anunciando para todo mundo é que eles vão começar a chamar os aposentados por invalidez. Esses ainda não chegaram. Enquanto eles [Governo Federal] não chamarem a gente para conversar não tem entendimento e não vai ter quem faça o que eles querem desse jeito”, pontua.