A residência do pescador Noel Marcelo do Nascimento, no bairro de Fernão Velho, que há mais de três dias vem apresentando alta temperatura, vai ser analisada por profissionais do Centro de Ciências Agrárias (Ceca), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Na última terça-feira (11), a Secretaria Adjunta de Defesa Civil de Maceió esteve no local e segundo o coordenador do órgão, Dinário Lemos, o estudo na residência foi viabilizado com o Ceca, que firmou um acordo de cooperação técnica.

“Nós já entramos em contato com a professora e geóloga Regla Toujaguez e agendamos uma reunião para falarmos desse caso. A partir desse encontro, outra visita na casa será feita para que os técnicos da Ufal possam colaborar no trabalho de identificação da causa da alta temperatura apresentada”, informou Dinário Lemos.

A Defesa Civil informou que este é o quarto caso registrado na capital. De acordo com o secretário, na maior parte das ocorrências, a temperatura elevada foi atribuída à decomposição de matéria orgânica na rede de esgoto dos imóveis e à consequente emissão de gases.

Apesar de a causa ter sido relacionada à decomposição de matéria orgânica nos dos demais registros, a Defesa Civil prefere afirmar algo sobre a casa de Noel Marcelo somente após a investigação dos técnicos da Ufal. Ainda não tem data confirmada para a reunião com a geóloga do Ceca, mas é provável que ocorra ainda nesta semana. “Não foi marcada porque a profissional está fora do Estado e chega a Maceió nos próximos dias”.

FENÔMENO

De acordo com o dono da residência, Noel Marcelo, o fenômeno acontece há mais de três dias. Segundo o morador, parte do chão da sala esquenta até 40 graus Celsius (ºC). Na terça-feira (11), a equipe de reportagem da Tribuna Independente esteve na residência para conferir o fato e percebeu que assim que se entra na casa já é possível notar a mudança de temperatura.

O dono da residência contou que o fenômeno está preocupando seus familiares. “Tenho medo de alguma explosão. Escavei um pouco e saiu uma fumaça. No início desconfiava do fio terra. Chamamos um eletricista para verificar se era vazamento de corrente elétrica. Foi quebrada parte do piso, mas, cada vez que quebrava esquentava ainda mais”, contou Noel.

A Defesa Civil informou que não fez a aferição de temperatura na casa e que por isso não confirma a temperatura. Isso será afirmado apenas quando os técnicos da Ufal irem ao local.