As dificuldades em salvamentos de vítimas de acidente de trânsito, incêndios, acidentes domésticos e até mesmo em casos de emergências clínicas como infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC), estão relacionadas a curiosidades dos populares e do ambiente do acidente. Esta é a avaliação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

“Uma via pública bem movimentada atrai muita gente (curiosos). Quando nessa mesma via existe a queda de fios elétricos provocados pelo acidente também há uma preocupação. As dificuldades no atendimento se dão, também, nas grotas e favelas, que, muitas vezes são de difícil acesso, mesmo para as nossas motolâncias. Outra dificuldade é na identificação das vítimas que às vezes estão desacordadas, mas essa não é a mais importante”, explicou a assessoria de comunicação do órgão.

De acordo com o órgão mesmo com as dificuldades em vários atendimentos, o trabalho das equipes independe da identificação das vítimas ou do local. Os profissionais estão preparados para tentar salvar a vida do paciente e trabalham de forma interligada.

“Em casos de acidentes, é comum às pessoas tentarem entrar em contato com algum parente ou amigo da vítima de imediato para avisar do ocorrido. Mas para o pessoal do Samu o mais importante é salvar a vítima. Algum parente pode sim ser uma pessoa que possa ajudar, mas o foco num atendimento de emergência é o paciente. Se a vítima está sem identificação, nosso compromisso continua sendo salvar a vida dela. Ao levar o paciente para o Hospital Geral do Estado (HGE), o Serviço Social do hospital, geralmente, faz uma nota para contactar os parentes”, acrescentou.

Mádson Almeida sofreu um acidente de trânsito no início do segundo semestre de 2015 e foi socorrido pelo Samu. Segundo ele, os populares ligaram e pouco tempo depois uma equipe foi fazer o resgate.

No caso do jovem, o socorro não teve muita dificuldade porque ele estava consciente e conseguia conversar com os socorristas.

“A colisão aconteceu pela manhã. Eu estava de moto e acabei colidindo com um caminhão que transportava lixo. O Samu chegou logo no local. Eu estava consciente e eles perguntaram para quem informar, pediram um número e ligaram. Fui colocado na ambulância e levado para o HGE. Precisei fazer uma cirurgia”, comentou Mádson.