Cidades
Taxistas reclamam de queda no rendimento após vinda do Uber
Segundo profissionais, após chegada do aplicativo na capital, tempo de espera por clientes aumentou significativamente

A chegada do aplicativo Uber em Maceió causou impacto significativo para os taxistas. Eles são unânimes em dizer que a concorrência é desleal e, junto com a crise, fez o número de corridas caírem pela metade. Os mais pessimistas acham que a profissão está com os dias contados. E para piorar a situação da categoria, uma liminar da Justiça proíbe que a prefeitura fiscalize os serviços oferecidos pelo aplicativo.
De acordo com alguns profissionais ouvidos pela reportagem, o rendimento diário da categoria caiu e muito.
“Se continuar assim, eu não sei o que vai ser da nossa profissão. A situação está realmente complicada. Antes quando a gente não conseguia tirar um dinheiro razoável durante o dia, compensávamos à noite. Mas, com a vinda do Uber, a situação desandou”, disse o taxista Paulo Elias.
“Antes, era possível tirar R$ 170 á R$ 200 reais por dia. Atualmente, a gente não consegue tirar nem metade disso. Antes, eu ficava no máximo uns 20 minutos no ponto esperando algum cliente. Com a vinda do aplicativo, eu passo mais de uma hora. A situação para gente estar complicada mesmo”, lamentou Paulo da Silva, outro taxista.
Já Manuel Moreno Soares diz que passa uma hora e 50 minutos estacionado no ponto que sempre fica esperando cliente. “Só via vários carros particulares chegando e os passageiros entrando, com certeza eram Ubers. O engraçado é que a gente paga impostos federais, municipais e estaduais e esse aplicativo não paga nada, não tem uma regulamentação e isso não é justo. O que a gente quer é que a prefeitura regulamente o serviço do aplicativo, diga a quantidade X de veículos que podem fazer opera pelo serviço na capital”, expôs o profissional.
Outro taxista, Lucas Gomes, também reclama da situação. “O que nos deixa triste é justamente isso. Nós pagamos impostos, usamos a documentação certinha, temos nossa licença e vem o Uber e consegue transportar passageiros sem imposto para cumprir. Antes eu fazia várias corridas por dia, hoje espero muito tempo para ter um chamado de cliente”.
Além da situação de queda no rendimento, alguns taxistas reclamam da posição do sindicato da categoria. Eles dizem que não estão sentindo um posicionamento de liderança.
“Sinto a falta de uma posição. Não está havendo por parte do sindicato uma posição mais coerente e efetiva de luta pela categoria”, disse um taxista que preferiu não ser identificado.
O presidente do Sindicato dos Taxistas de Alagoas (Sintaxi/AL), Ubiraci Correia, rebateu e disse que a entidade está apoiando as manifestações. De acordo com ele, está marcada para a próxima terça-feira (14) uma reunião para definir uma série de manifestações contra o Uber e reivindicar a fiscalização por parte da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT). “A prefeitura diz que não pode fiscalizar porque existe uma liminar, mas ela não foi publicada no Diário Oficial. Então, o serviço continua ilegal”, falou.
Jaraguá
Categoria realiza protesto contra concorrência
Ontem (8) um grupo de taxistas protestaram contra o serviço oferecido pela empresa Uber no Jaraguá e terminaram a manifestação na Rua Irís Alagoense, no bairro do Farol próximo a sede da categoria reivindicando providencias da prefeitura.A SMTT informou em nota que sobre o protesto dos taxistas contra o serviço do aplicativo Uber ocorrido na manhã de ontem (8), o órgão não pode fiscalizar devido à decisão judicial, proferida em dezembro do ano passado. Mas afirma o compromisso em oferecer um serviço de melhor qualidade e já prepara um projeto de lei para regulamentar a atividade do aplicativo.
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