O prefeito Rui Palmeira acatou a decisão do Conselho Municipal de Trânsito e sancionou na quinta-feira (23) o novo valor da tarifa de ônibus em Maceió, estabelecendo que entrará em vigor a partir da quarta-feira de Cinzas (1º de março). O decreto foi publicado na página 78 da edição de sexta-feira (24) do Diário Oficial do Município.

O novo valor será de R$ 3,50 - R$ 0,20 a menos do que queriam os empresários do transporte, porém bem acima da inflação dos últimos 12 meses, que ficou em menos de 6%.

A SMTT, através de sua a assessoria de comunicação, informou que o valor aprovado pelo conselho é ainda menor do que o que foi dado por outras capitais da região Nordeste.

“Durante este período que antecedeu a reunião do Conselho, técnicos chegaram à conclusão de que o valor de R$ 3,50 da passagem atende ao equilíbrio econômico-financeiro. Infelizmente, ainda não é o que queríamos, visto a atual realidade de recessão que o país vive. Mas foi abaixo do que as empresas concessionárias propuseram”, ressaltou o presidente do Conselho Municipal de Transportes e superintendente da SMTT, Antonio Moura.

No ano passado, os empresários pleitearam que a tarifa saísse de R$ 2,75 para R$ 3,35, enquanto o colegiado apresentou o valor de R$ 3,20. Na ocasião, Rui Palmeira decidiu fixar o valor em R$ 3,15. Desta vez ele não alterou a proposta indicada.

A assessoria da SMTT justificou que a prefeitura vem fazendo vários investimentos no setor.

Para empresários, percentual de reajuste é insuficiente

O valor está adequado ao que usuário vai pagar. Mas, o que os empresários contestam é a “tarifa de remuneração. Ou seja, quanto a empresa vai receber”, comentou o representante da Transpal, Enildo Arruda.

“Apresentamos a proposta de R$ 3,74. No caso, agora, vai ser feito um ponto de encontro entre a receita tarifária real e a prevista. Qualquer coisa vai ter que ter subsídio externo para cobrir essa diferença. Pelos nossos cálculos, R$ 3,50 não é suficiente, porque a demanda caiu demais devido ao transporte clandestino. A não ser que sejam feitas ações para recuperar a demanda”, avaliou Arruda.

Enildo Arruda, disse ainda que o subsídio está previsto na licitação, mas que depois não existe mais a impossibilidade de subsídios. E que existe apenas nos contratos regras claras, inclusive sobre a receita que deve ser arrecadada. E informou que agora o que pode ser feito é negociar e até ver o lado legal da situação.

O representante da Transpal informou ainda que as empresas cumpriram todas as obrigações, como renovação de frotas, e não teve incremento de receita.

O superintendente da SMTT, Antônio Moura, por outro lado, reforça que o valor atende às demandas dos empresários e adiantou que o Município não pagará subsídios.