Cidades
Segurança Pública entra em estado de alerta contra novos ataques
Inteligência não confirma que provocações partiram de facções, mas também não descarta
Os órgãos da Segurança Pública de Alagoas estão em alerta para novos ataques. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AL), os serviços de inteligência estão trabalhando ‘de forma conjunta e diária’ para investigar e identificar ações criminosas.
O governador Renan Filho, afirmou, na manhã de ontem (30), que as ações violentas registradas não são isoladas e partem de facções criminosas que buscam ‘intimidar’ o estado.
A SSP afirmou que está inibindo as ações dentro e fora dos presídios, mas não confirma ligação dos ataques com ordens de detentos. Para o órgão, este tipo de ações “não parte de pessoas comuns e sim de criminosas”.
“Não podemos descartar a possibilidade, mas também não podemos afirmar. Todas as investigações possíveis estão sendo feitas, mas não se descarta a possibilidade porque é o mesmo modo de operação de facções criminosas”, informou a assessoria de comunicação do órgão.
ATAQUES
Em Alagoas, nos últimos dias foram registrados três ataques a coletivos em represálias às ações policiais. Dois ocorreram na noite do dia 25, no bairro do Vergel do Lago, em resposta à morte de um traficante da região. No terceiro ataque, no dia 27, criminosos atearam fogo a um coletivo estacionado no terminal do Eustáquio Gomes.
Agências bancárias também foram atacadas em Maceió, Rio Largo, Atalaia, e Arapiraca. Nesta última, foi encontrado um bilhete assinado por uma facção criminosa. Em Joaquim Gomes, uma viatura policial foi incendiada no domingo (29).
Após os primeiros ataques, o governo iniciou uma série de transferências de presos entre as unidades prisionais no sentido de coibir possíveis rebeliões. Um princípio de motim no Complexo Penitenciário da capital foi registrado no último dia 16, sendo controlado por agentes.
No acontecimento mais recente, a polícia identificou uma espécie de célula em uma residência no bairro do Pinheiro, em Maceió, onde criminosos planejavam mais ataques a coletivos, agências bancárias e casas lotéricas, a exemplo do que ocorreu semanas antes.
Na residência foram encontrados coquetéis molotov, um galão vazio, uma arma de fogo, uma capa tática de colete balístico e um cartão de organização criminosa. Com a chegada da polícia, houve troca de tiros e um dos suspeitos foi atingido e veio a óbito. A SSP informou que as investigações confirmaram que o material encontrado seria utilizado para ataques no Jacintinho, durante a madrugada de ontem (30).
Sobre os casos de incêndios aos ônibus, as investigações apontam que há ligação entre as ocorrências na parte alta e baixa da capital, no entanto a SSP descarta relação com facções criminosas.
“Nos casos dos ônibus do Vergel, está totalmente descartado, pois tem a ver com a morte do traficante Paulista, a morte dele provocou reação nas pessoas ligadas a ele. Segundo os primeiros levantamentos, no Eustáquio foi uma extensão aos ataques na parte baixa”.
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