Brasil
Possível reconfiguração do PSB em Alagoas envolve articulações políticas e silêncio de lideranças
Cientista política Luciana Santana analisa cenário, enquanto assessorias de Paula Dantas e Vitor Pereira evitam comentar
Nos bastidores da política alagoana, ganha força a hipótese de que integrantes do PSB possam migrar para o PSD. A movimentação, no entanto, ainda não foi oficialmente confirmada e dependeria de uma decisão do diretório nacional do PSB, que cogitaria entregar o comando da legenda em Alagoas ao prefeito de Maceió, JHC (PL).
Fontes próximas ao partido afirmam que a mudança só ocorreria se houvesse um acordo político envolvendo a recente nomeação de Marluce Caldas, tia do prefeito, para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo interlocutores, essa articulação poderia abrir caminho para a reaproximação de JHC e de sua mãe, a senadora Eudócia Caldas (PL-AL), com o campo político ligado ao presidente Lula, do qual o PSB faz parte.
Apesar dos rumores, nenhuma liderança da executiva nacional do PSB confirmou tratativas nesse sentido. Representantes do diretório alagoano também garantem que a legenda mantém uma relação sólida com a cúpula nacional e que qualquer alteração seria previamente comunicada.
Atualmente presidido pela secretária estadual de Planejamento, Paula Dantas, e tendo o secretário de Governo, Vitor Pereira, como vice-presidente, o PSB destaca sua presença consolidada nos 102 municípios alagoanos, além da participação em cargos estratégicos no governo de Paulo Dantas (MDB) — como as secretarias de Governo, Turismo, Ressocialização e Planejamento. Essa estrutura, segundo membros do partido, reforça a base para a formação de chapas competitivas nas eleições de 2026.
A cientista política Luciana Santana avalia que, embora não haja confirmação oficial, a articulação política é um elemento natural do processo de nomeações e alianças.
“Mesmo sem uma confirmação dos principais atores, sabemos como funciona a política. O peso das articulações e o apoio político fazem parte do jogo. Isso não diminui os méritos individuais, mas revela como as decisões se constroem”, observou.
Para ela, é possível que um eventual acordo político tenha incluído conversas sobre mudanças partidárias.
“Caso tenha existido, esse acerto pode ter passado por termos que envolvem o posicionamento do prefeito de Maceió em um partido mais alinhado ao presidente Lula. Entre as opções, o PSB é o que teria maior aderência, até porque o prefeito já fez parte da sigla”, afirmou.
Luciana pondera, porém, que qualquer mudança no comando do PSB em Alagoas dependeria de entendimentos com lideranças locais.
“Estamos falando de uma secretária e de um secretário com papéis estratégicos no governo estadual. Qualquer alteração partidária certamente precisaria passar pelo aval dessas lideranças e de outras figuras importantes da política alagoana”, completou.
Procuradas pela reportagem, as assessorias de Paula Dantas e de Vitor Pereira não retornaram os contatos até o fechamento desta matéria.
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