Brasil
Indústria sustentável ‘Made in Nordeste’ impulsiona produção biodegradável no Brasil
Novo polo fabril na cidade de Pombos, vai produzir os primeiros colchões biodegradáveis do mundo

O fabricante Castor vai instalar uma nova unidade fabril em Pombos, no Agreste pernambucano, com investimento de R$ 6 milhões. A operação vai gerar 100 empregos diretos e indiretos e movimentar cadeias locais de fornecedores, logística e comércio.
Segundo dados da Abimóvel e da ApexBrasil, o Nordeste responde por 14,3% do consumo nacional de móveis e colchões, mas concentra apenas 9,9% da produção. Essa diferença ajuda a explicar o interesse de grandes fabricantes pela região, onde o crescimento populacional, a expansão da classe média e a interiorização do consumo ampliam a demanda.O setor de móveis e colchões movimentou R$ 7,67 bilhões em 2024 e manteve trajetória de crescimento neste ano. Apenas em janeiro de 2025 foram produzidas 34,2 milhões de peças no país, alta de 9,1% em relação a janeiro de 2024.
Em Pernambuco, de acordo com a Agência de Desenvolvimento Econômico (ADEPE), já funcionam seis fábricas de colchões. A chegada da Castor deve elevar a concorrência e agregar tecnologia ao polo. A companhia pretende, inicialmente, atender as franquias da marca em operação no Nordeste e, em seguida, ampliar o fornecimento para estados vizinhos.
O polo fabril da Castor é hoje responsável pela produção dos colchões mais sustentáveis do mundo e travesseiros biodegradáveis, também únicos a nível global. Para o desenvolvimento da tecnologia, mais de R$ 2 milhões foram investidos em estudos - apenas para os travesseiros. O travesseiro é feito com matéria-prima vegetal e o colchão conta tecido orgânico certificado, rastreabilidade e menor impacto ambiental. A capacidade de produção da nova fábrica ainda será divulgada.
“O Nordeste é uma região em crescimento, com grande potencial de consumo. Estar presente aqui significa não apenas ampliar nossa produção, mas participar ativamente do desenvolvimento econômico local, com geração de empregos e novas oportunidades.” – explica o CEO da empresa, Hélio Silva.Enquanto a obra da unidade definitiva é concluída, a empresa opera em instalações provisórias em Pombos.
*Box — O setor de colchões em números*• R$ 7,67 bilhões — movimentação do setor de móveis e colchões em 2024 (Abimóvel).• +9,1% — crescimento da produção em janeiro de 2025 na comparação anual.• 34,2 milhões — número de peças produzidas no Brasil no primeiro mês de 2025.• 14,3% — Participação do Nordeste no consumo nacional de móveis e colchões.• 9,9% — Participação da região na produção, indicando espaço para expansão.• 6 — Número atual de fábricas de colchões em Pernambuco (ADEPE).
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