Brasil
Deslealdade no trabalho: uma ameaça silenciosa e ilegal às empresas
A concorrência interna desleal entre empregados, um problema persistente no ambiente corporativo, vai muito além de meras desavenças: trata-se de uma prática ilegal que pode custar caro às empresas. Desde o vazamento de informações confidenciais até a sabotagem de projetos, essas condutas prejudicam o clima organizacional e podem gerar perdas financeiras significativas, exigindo das companhias uma postura proativa no combate a ações antiéticas.
Um levantamento da Symantec, empresa especializada em segurança da informação, aponta que 62% dos profissionais brasileiros que mudam de emprego levam consigo dados corporativos confidenciais. Dos entrevistados que admitiram quebrar o sigilo da empresa, 56% disseram que pretendiam usar os dados em uma nova companhia.
Diante dessa realidade, o contador Roberval Júnior, diretor na Ciclo Contadores Associados, alerta que as práticas competitivas desleais podem gerar sérias consequências jurídicas. “Um empregado que usa informações confidenciais da empresa para criar uma empresa concorrente e desviar a clientela, por exemplo, está cometendo crime de concorrência desleal”, explica.
Além de ferir a ética e a moral, ele afirma que tais atos podem configurar quebra de confiança e implicar em demissão por justa causa, conforme prevê a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), cabendo ainda eventuais ações judiciais por perdas e danos.
As empresas, por sua vez, têm o dever de zelar pela integridade de seus processos e pela segurança de suas informações, implementando mecanismos de controle e fiscalização para coibir essas práticas.
“Para combater esse problema, é fundamental que as companhias estabeleçam cláusulas contratuais claras sobre confidencialidade, não concorrência e proteção de propriedade intelectual. Também é necessário promover um ambiente de transparência e oferecer canais seguros para denúncias, garantindo que os empregados se sintam à vontade para reportar irregularidades sem medo de retaliação”, destaca o contador.
Por outro lado, a ausência de uma cultura organizacional que valorize a colaboração e a ética no ambiente de trabalho, somada à falta de consequências claras para atos de deslealdade, pode incentivar a proliferação de comportamentos indesejáveis.
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