Brasil

FOTOS: veja celas onde estão terroristas presos em Brasília um mês após invasão dos três poderes

Maioria dos bolsonaristas radicais foi para Complexo da Papuda. Representantes da Defensoria Pública inspecionaram local e relataram superlotação

Por G1 08/02/2023 08h52
FOTOS: veja celas onde estão terroristas presos em Brasília um mês após invasão dos três poderes
Sanitário da prisão onde estão terroristas que invadiram prédios dos Três Poderes, em Brasília - Foto: DPU/Reprodução

Um mês atrás, em 8 de janeiro de 2023, bolsonaristas radicais invadiram a Esplanada dos Ministérios e vandalizaram os prédios dos três poderes, em Brasília. Após os atos terroristas, mais de mil pessoas foram presas e transferidas para presídios do Distrito Federal.

A maioria dos homens foi para os blocos 4 e 6 do Complexo da Papuda II. Quando os presos chegaram ao local, no dia 10 de janeiro, representantes da Defensoria Pública do DF (DPDF) e da Defensoria Pública da União (DPU) fizeram uma inspeção para avaliar as condições do presídio, que está superlotado:

-Os blocos 4 e 6 da Papuda têm capacidade para 196 presos
-Já havia 287 presos no local
-A lista de presos chegou a ter 1.138 nomes

Segundo a DPU, foram colocadas 12 pessoas em cada cela que tem capacidade para 8 presos.

Como são as celas?

Prisão onde estão terroristas que invadiram prédios dos Três Poderes, em Brasília — Foto: DPU/Reprodução

Segundo o relatório da Defensoria Pública, as celas onde estão os bolsonaristas radicais têm:

-Uma pia
-Um chuveiro com água fria
-Um vaso sanitário

O banheiro fica à vista de quem passa no corredor, sem privacidade para os presos realizarem suas necessidades.

As portas das celas são chapeadas e há algumas ventanas, que permitem iluminação e ventilação "mediana". Há camas de concreto e colchões, no entanto, o tamanho das celas não foi divulgado "por questões de segurança".

Objetos e bagagens que estavam com terroristas que invadiram prédios dos Três Poderes, em Brasília — Foto: DPU/Reprodução

Os bens pessoais dos manifestantes foram inicialmente alocados em um banheiro desativado pois, segundo a administração da penitenciária, "não havia outro local adequado para guardar o grande volume de objetos". Uma etiqueta identificava o dono das bagagens (veja imagem acima).

Quais são as acusações?


O último relatório da Procuradoria Geral da República, divulgado em em 4 de fevereiro, mostrava que 653 suspeitos já tinham sido denunciados à Justiça.

Eles são acusados de:

-associação criminosa (um a três anos de prisão);
-e de incitar a animosidade entre as Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais (três a seis meses).

O Ministério Público pede que, além da punição criminal, os vândalos sejam condenados a indenizar o Estado pela destruição do patrimônio.

Veja passo a passo dos atos terroristas de bolsonaristas radicais contra Congresso, Planalto e STF — Foto: Guilherme Gomes/g1