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Ex-líder do PCC é morto em banho de sol em presídio do interior de SP

Polícia diz que dois presos usaram um estilete para cometer o crime

Por R7 05/12/2017 17h50
Ex-líder do PCC é morto em banho de sol em presídio do interior de SP
Reprodução - Foto: Assessoria
Um preso apontado pela Justiça como ex-liderança da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) foi morto na manhã desta terça-feira (5), durante o banho de sol na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. Investigações da Polícia Civil de Presidente Venceslau apontam que dois presos entraram em luta corporal com o preso Edilson Borges Nogueira, conhecido como Birosca, de 44 anos, no pátio do Raio Habitacional 2 da penitenciária. Os presos teriam usado um estilete para matar o ex-líder da facção. O agente penitenciário que presenciou o crime disse à polícia que Birosca estava sentado no chão, sendo segurado por um dos presos enquanto outro o golpeava. Birosca integrou, segundo a Justiça, o grupo chamado de "sintonia final" do PCC, que seria o topo da pirâmide da organização criminosa. No fim do ano passado, quando a facção teria passado por uma reestruturação organizacional, o nome de Birosca não constava mais entre os líderes do PCC. Os dois presos suspeitos de terem matado Birosca foram autuados pelo crime de homicídio qualificado, com a impossibilidade de defesa da vítima. A polícia ouviu os suspeitos dentro da penitenciária. Ainda de acordo com a Polícia Civil de Presidente Venceslau, a administração da Penitenciária 2 disse que os presos envolvidos no crime serão transferidos para a Penitenciária 1 da cidade. Secretaria apura fatos A reportagem procurou a SAP-SP (Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo) às 14h13 desta segunda-feira. A pasta respondeu às 17h06 dizendo que "por volta das 9h os agentes de segurança penitenciária de Presidente Venceslau II perceberam, durante o banho de sol dos presos, um tumulto em um dos pátios". A secretaria diz que os agentes teriam solicitado imediatamente o apoio do GIR (Grupo de Intervenção Rápida), que foi até a unidade. Quando os presos começaram a retornar ao raio, os funcionários perceberam que Birosca estava morto. A SAP diz que a penitenciária comunicou à Polícia Militar, registrou o Boletim de Ocorrência e solicitou o comparecimento da Polícia Científica para realização de perícia no local. "Além disso, a unidade abriu Procedimento Apuratório Disciplinar e Preliminar para averiguação dos fatos", diz a pasta. A secretaria ainda afirma que vai "solicitar ao Poder Judiciário a internação dos presos envolvidos no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), no Centro de Readaptação Penitenciária 'Dr. José Ismael Pedrosa' de Presidente Bernardes". A SAP finaliza dizendo que "a assistência social da unidade entrará em contato com a família para comunicar o falecimento".