Brasil
Datafolha: 81% dos brasileiros dizem que irmãos Joesley e Wesley Batista deveriam estar presos
Também segundo o instituto de pesquisa, governo de Michel Temer tem 7% de aprovação dos brasileiros
De acordo com uma pesquisa do Datafolha divulgada neste domingo (25), 64% da população recebeu mal o acordo de colaboração premiada fechado entre a Procuradoria-Geral da República com os donos da JBS, que estabeleceu uma multa, mas não a prisão dos delatores. Ainda de acordo com o levantamento, 81% dos brasileiros dizem que os irmãos Joesley e Wesley Batista deveriam ter sido presos pelos crimes que confessaram. Já 14% acham que não.
O Jornal do Brasil vem questionando os benefícios obtidos no acordo de delação premiada, reforçando em editorias publicados nas últimas semanas que o empresário não poderia ficar impune após seus crimes virem à tona.
Dos entrevistados, 27% consideram que o Ministério Público agiu bem ao firmar o acordo, no qual os irmãos Batista entregaram supostas provas e nomes sem sofrerem denúncias criminais.
Joesley gravou uma conversa entre ele e o presidente Michel Temer tarde da noite em março, no Palácio do Jaburu, em encontro fora da agenda oficial. O áudio foi entregue como prova da delação, e é uma das bases do pedido de inquérito sobre o presidente que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou ao Supremo Tribunal Federal.
No acordo que fizeram com a PGR, os irmãos Batista se comprometeram a pagar uma multa de R$ 110 milhões cada. Uma operação cambial bem-sucedida da empresa na sequência da revelação dos áudios despertou ainda mais críticas.
Sem denúncia formal, os delatores não correm risco de serem submetidos a medidas impostas a outros delatores da Operação Lava Jato como ir para a prisão ou usar tornozeleira eletrônica.
Aos irmãos Batista foi permitido que fossem para os Estados Unidos e pudessem manter o controle das empresas do grupo.
Aprovação de Michel Temer é a menor para presidente em 28 anos: 7%
A pesquisa do Datafolha divulgada no sábado (24) apontou que apenas 7% dos entrevistados consideram o governo Temer ótimo ou bom. Esta é a menor marca registrada pelo Datafolha em 28 anos. Antes disso, apenas José Sarney (PMDB) teve percentual mais baixo: 5% em setembro de 1989, em meio à crise da hiperinflação. Às vésperas do impeachment, Dilma Rousseff tinha 13% de aprovação e 63% de reprovação.
O governo Temer é considerado ruim ou péssimo por 69% do eleitorado; e regular por 23%. A pesquisa foi feita entre quarta (21) e sexta-feira (23), com 2.771 entrevistados.
Há dois meses, a taxa de ruim e péssimo estava em 61% e a de ótimo ou bom, em 9%. Já 28% achavam o governo regular. A nota do presidente caiu de 3 para 2,7.
A taxa de ruim e péssimo chega a 73% entre as mulheres; a 74% entre eleitores de 25 a 34 anos; e a 71% para aqueles cuja renda familiar mensal é de até dois salários mínimos. Ainda segundo a pesquisa, no Nordeste, a reprovação a Temer fica acima da média, 77%, e no Sul, abaixo: 61%
Já no grupo com renda média familiar superior a dez salários mínimos, o governo Temer é considerado bom ou ótimo por 15%, regular por 30% e ruim ou péssimo por 55%.
A pesquisa Datafolha foi realizada de 21 a 23 de junho com 2.771 entrevistados. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
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