Brasil
Segundo a polícia, 40% dos homicídios do RJ ocorrem em cinco bairros
Santa Cruz, Campo Grande, Bangu e Realengo, na Zona Oeste, e Pavuna, na Zona Norte são os locais críticos
A Polícia do Rio investiga, por ano, pelo menos 1,3 mil homicídios somente na capital. Eles se distribuem, entretanto, de maneira bastante desigual na geografia da cidade. Em entrevista ao G1, o delegado da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, afirmou nesta quarta-feira (30) que pelo menos 40% dos homicídios no Rio ocorrem em cinco bairros do município: Santa Cruz, Campo Grande, Bangu e Realengo, na Zona Oeste da cidade; e Pavuna, na Zona Norte.
"Criamos um esforço para conseguir combater os homicídios nessas áreas. Em Campo Grande, chegamos a ter 22 homicídios por mês assim que começamos a atuar lá, em 2011. Diminuímos para três, em média", afirma Rivaldo. "Conseguimos manter a regularidade em outras áreas para combater isso", pontuou.
A maior dificuldade, segundo o delegado, é montar diferentes estratégias de investigação para cada um dos bairros, devido às particularidades do crime em cada área. "Em Campo Grande e Santa Cruz, há a milícia atuando muito forte. Na Pavuna, há o tráfico de drogas. E em Bangu e Realengo, há um pouco de tudo: tráfico, milícia, jogo.... é um pouco de tudo", avalia Rivaldo.
Diretor da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, Vinícius Cavalcante também explicou a razão da concentração de homicídios nestes bairros. "Os bairros da Zona Oeste sofrem há muito tempo com um histórico de ausência policial e presença de grupos criminosos, como milícias e quadrilhas de tráfico de drogas. Isso cria uma cultura de violência no local. Já na Pavuna, o problema é diferente - o bairro é uma zona de convergência de bandidos de vários locais", explicou.
"Além dos criminosos da área [da Pavuna], marginais de Acari, Duque de Caxias e São João de Meriti costumam agir ali. A Pavuna também é um ponto tradicional de roubo de cargas, modalidade criminosa que, em várias situações, envolve homicídios", explicou o diretor da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, Vinícius Cavalcante.
Mais lidas
-
1Perseguição obsessiva
'Bebê Rena': conheça a história real e bizarra que inspirou a minissérie da Netflix
-
2Alagoas
Denúncias contra a Braskem viram caso de polícia
-
3Mistério!
'Bebê Rena': quem foi Martha Scott na vida real e como ela está agora?
-
4Afundamento de solo
Caso Braskem: acordos são lesivos e feitos sem participação das vítimas
-
5Excesso
Comer sementes de maçã pode levar à morte?