Brasil
Vítima de estupro coletivo no RJ vai para o programa de proteção
Mulher violentada em São Gonçalo já foi retirada da cidade pela polícia. O objetivo é protegê-la da ação de traficantes do bairro Lagoinha.
A mulher que foi vítima de um estupro coletivo no bairro Lagoinha, em São Gonçalo, vai ser incluída no Programa de Proteção a Testemunhas do Governo do Estado. O pedido será feito pela titular da Delegacia Especial de Atendiamento à Mulher em São Gonçalo (Deam-São Gonçalo), Débora Rodrigues, nesta segunda-feira. Segundo ela, a vida da mulher corria risco real caso permanecesse no bairro.
"Alguns dos menores que ela denunciou pelo estupro fazem parte do tráfico de drogas do local. A vítima precisa de toda a proteção que pudermos dar. Um dos menores que a violentou alegou fazer parte do tráfico do Morro dos Macacos, em Vila Isabel. Não podemos deixá-la sem proteção constante", justificou a delegada, afirmando que a mulher já não se encontra mais em São Gonçalo. "Nós a tiramos da cidade por questões de segurança".
Na manhã deste domingo (23), policiais da Deam-São Gonçalo estiveram no bairro Lagoinha para fazer a perícia no bar onde o ataque à vítima começou. Eles também buscaram testemunhas e moradores do local que tenham condições de identificar os criminosos que violentaram a mulher.
Confrme revelado pelo jornal Extra, a vendedora, de 34 anos, foi atacada durante a madrugada do último dia 17. Ela estava em um bar no bairro Lagoinha acompanhada por um amigo quando quatro jovens que seriam ligados ao tráfico local a arrastaram até o banheiro do estabelecimento. De lá, ela foi levada a uma rua mais afastada onde acabou violentada por pelo menos 10 homens - durante o ato, os criminosos a agrediram com socos e chutes.
Durante toda a agressão, os bandidos a obrigaram a fazer sexo oral e anal, conforme explicou a delegada. O ataque foi interrompido por policiais do 7º BPM (Alcântara), que passavam pelo local durante uma ronda. Dois dois agressores acabaram detidos - os outros conseguiram escapar.
Todos foram levados à 74ª DP (Alcântara). Lá, o policial de plantão utilizou termos vulgares e depreciativos para fazer o registro de ocorrência. Diante disso, a chefia da Polícia Civil determinou que o caso fosse transferido para a Deam-São Gonçalo. A chefia também determinou a instauração de um inquérito para avaliar a conduta do policial que fez o registro.
"É evidente que o policial que faz o registro de ocorrência tem que colocar os dados e detalhes, mas a maneira de relatar essa dinâmica poderia ter sido feita de uma maneira mais cuidadosa", afirmou a deputada e presidente da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Martha Rocha.
Segundo dados do Disque-Denúncia, apenas em 2015, mais de quatro mil mulheres foram vítimas de estupro ou tentativa de estupro no Estado do Rio.
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