Brasil
Após protesto contra PEC 241, quatro pessoas são detidas no Centro do Rio
Comlurb limpou, durante a madrugada, paredes da Câmara pichadas. Ato contra PEC 241 teve tumulto na noite de segunda-feira no Centro do Rio.
Um protesto contra a PEC 241, no Centro do Rio, na noite desta segunda-feira (17), acabou em tumulto. Quatro pessoas foram detidas e levadas para a Delegacia da Lapa para prestar esclarecimentos. PMs usaram bombas de efeito moral e houve correria no Bar Amarelinho, na Cinelândia.
As paredes da Câmara Municipal de Vereadores, que chegaram a ser pichadas, foram limpas ainda durante a madrugada pela Comlurb. Segundo testemunhas, a Câmara foi pichada com dizeres como "-PM + Molotov" (Menos PM Mais Molotov), "Nós voltamos", e "Contra a reforma da PEC 241".O ato foi organizado na internet e contava com a presença de entidades sindicais e estudantis. Algumas delas calcularam o número de presentes em cerca de 5 mil. Segundo a Polícia Militar, 1,5 mil pessoas participaram do protesto.
O grupo saiu da Cinelândia e, por volta das 19h35, houve tumulto enquanto os manifestantes passavam pela Avenida Chile. Um grupo de pelo menos 10 pessoas abriu extintores de incêndio levantando uma grande coluna de fumaça.
Durante a confusão, um policial militar acabou sendo atingido por uma pedrada na cabeça. A Cruz Vermelha atendeu o PM, que foi levado para o Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio.
Não ficou claro como a confusão começou, mas o barulho de bombas podia ser ouvido e a reportagem na Globonews no local relatou cheiro de gás lacrimogênio.
Um grupo de mascarados acompanhava a manifestação antes do barulho de bombas ter começado. Parte dos manifestantes dispersou na região dos prédios da Petrobras e do BNDES.
Por volta das 21h30, a situação na região estava mais tranquila e todas as vias estavam liberadas.
Na concentração do ato, não houve qualquer tumulto.Com faixas e cartazes, os manifestantes ocupavam toda a escadaria da Assembleia Legislativa do Estado e toda a praça. Além de questionar a PEC 241, que estabelece teto para os gastos sociais por 20 anos, vários dos participantes do ato também pediam a saída do presidente Michel Temer.
Outro pedido era mais investimentos na educação. "A educação é primordial. É um escracho o que a PEC 241 está fazendo com todas as conquistas que tivemos nos últimos anos. Quero que a educação prevaleça. Não se pode detonar com projeto educacional", reclama a professora aposentada Vandira Moreira, de 65 anos.
A manifestação saiu da Cinelândia por volta das 19h em direção à Avenida Chile, passando pela Avenida Rio Branco. A circulação do VLT chegou a ser interrompida nos dois sentidos da Rio Branco, no trecho entre Almirante Barroso e Cinelândia.
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