Turismo
Fechamento de santuário deixa mais de 50 sem emprego
Prestadores de serviço estão passando por dificuldades financeiras depois do encerramento das atividades em Atalaia
Se por um lado a antiga locomotiva “Maria Fumaça”, que pertencia a Usina Brasileiro, deverá ser restaurada e realocada em uma das praças da cidade para desenvolver o turismo, o município de Atalaia, menos de 50km de Maceió, perdeu, há duas semanas, seu maior atrativo turístico, o Santuário Ecológico de Santa Tereza.
O Santuário fica em uma fazenda e permanece fechado por decisão judicial, depois que uma das herdeiras do usineiro João Lyra, já falecido, entrou na Justiça pedindo o fechamento do local.
O fechamento do Santuário deixou mais de 50 pessoas sem trabalho e passando por extrema dificuldade, muitas, inclusive, sem ter o que comer, já que todo o ganho das famílias vinha do trabalho nas barracas de comida e bebida localizadas dentro do santuário.
Junto ao permissionário, que tinha o direito de exploração do santuário, através de contrato e vinha pagando os aluguéis, e os prestadores de serviço, juntou-se o trade turístico do município, o Conselho Municipal de Turismo, a prefeita Ceci Rocha e até os guias de turismo, que acumulam prejuízos com o fechamento do santuário. Os prestadores, inclusive, pretendem acionar o Ministério Público na busca de uma solução, já que estão passando por dificuldades, muitos, inclusive, sem dinheiro até para comprar comida. Todos lutam pela reabertura imediata do Santuário, pelo menos na tentativa de salvar a temporada.
Rodeada de muito verde, com densa cobertura de Mata Atlântica, várias piscinas naturais, e muitas bicas, o Santuário Santa Tereza, maior atração turística de Atalaia, continua fechado. Ação judicial movida por uma das herdeiras do falecido usineiro João Lyra, vem gerando uma onda de protestos por parte do trade turístico, dos permissionários e até do próprio município, que lutam pela reabertura imediata do santuário.
A fazenda, avaliada em R$ 25 milhões, poderia ser, inclusive, leiloada, para pagar dívidas trabalhistas do Grupo João Lyra, usineiro já falecido e pai de Thereza Collor e Lourdinha Lyra, a principal interessada em manter o santuário fechado, já que foi, através dela, o pedido de despejo para desocupação compulsória do imóvel, ação que deixou 50 pessoas sem trabalho, restaurantes e pousadas sem clientes e centenas de turistas sem rumo, após as reservas terem sido cancelada.
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