Turismo
CNC eleva para 5,8% projeção de crescimento do turismo nacional em 2022
Maior perspectiva de crescimento no setor ocorreu após os resultados positivos do setor de serviços, no qual o Turismo está inserido
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou de 5,1% para 5,8% a projeção de crescimento do turismo brasileiro neste ano. A nova previsão decorre da alta de 8% - a 18ª seguida - no faturamento dos serviços, no qual o Turismo está inserido, no mês de agosto na comparação com igual período de 2021, apontado na sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado de agosto do setor de serviços representa um aumento de 10% em relação a fevereiro de 2020, último mês antes da pandemia de Covid-19. Já o Índice de Atividades Turísticas, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, cresceu 1,2% em agosto na comparação com julho deste ano e se encontra atualmente 0,1% acima do patamar de fevereiro de 2020.
Quanto ao nível de empregos no turismo nacional, a expectativa da CNC é de que os postos de trabalho voltem ao patamar anterior à crise sanitária global a partir do início do período de contratações para a próxima alta temporada de verão. Conforme a entidade, em agosto deste ano, 86% das vagas eliminadas durante a pandemia já haviam sido novamente ocupadas.
Os destaques na geração de empregos no setor turístico são os segmentos de bares e restaurantes, com 295,2 mil novos trabalhadores, e o de serviços de hospedagem, com 71,8 mil contratados. Com a manutenção do ritmo de admissões previsto, a CNC estima que o segmento deve encerrar 2022 com 309,3 mil postos de trabalho criados.
AVANÇOS
Os números positivos da pesquisa de agosto do IBGE se somam a outros dados favoráveis relativos ao turismo nacional. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por exemplo, o setor faturou R$ 94 milhões no país ao longo do primeiro semestre deste ano, 33% a mais que no mesmo período de 2021.
Já o WTTC (Conselho Mundial de Viagens e Turismo) revelou, em setembro deste ano, que o Brasil ocupou a 11ª posição como maior mercado do turismo mundial em 2021 (em 2019, o país estava na 13ª colocação). Conforme o WTTC, no ano passado, US$ 103,5 bilhões (o equivalente a 6,4% do PIB mundial do turismo) foram resultantes do território brasileiro.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), por sua vez, indicou que, em agosto de 2022, o Brasil foi o único dos grandes mercados domésticos de aviação a apresentar crescimento superior ao período pré-pandemia. O índice avançou 0,6% em relação ao mesmo mês de 2019, superando potências do setor, como os Estados Unidos (queda de 8,6%) e a China (retração de 37,8%).
Quanto a meios de hospedagem, um estudo do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) revelou que a taxa de ocupação do ramo no Brasil aumentou mais de 74% nos primeiros oito meses de 2022 na comparação com o mesmo período de 2021. O percentual cresceu em todas as regiões do país, com destaque para o Sudeste (alta de 85%) e o Sul (aumento de 78%).
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