Turismo
Fósseis pré-históricos achados em Maravilha têm mais de 10 mil anos
Inserido no Mapa do Turismo Brasileiro, e localizado na região turística da Caatinga, no sertão alagoano, o município de Maravilha, pouco menos de 230 quilômetros de Maceió, entrou no MTB, e posteriormente no roteiro de algumas agências receptivas, apesar de não contar com estrutura de hospedagem, devido, sobretudo, ao seu passado. É que esse pequeno município, pacato e fora do circuito turístico e cultural, de repente passou a estampar as páginas dos jornais e ser conhecido pelos achados pré-históricos em seu território, exibidos atualmente em várias partes da cidade, em réplicas de tamanho original.
Mas foi a partir de uma descoberta casual, que se chegou ao conhecimento de um sítio com vasto material fóssil de animais pré-históricos, nas imediações da cidade. O primeiro achado foi um pedaço de osso de uma preguiça gigante, encontrado por um agricultor quando arava a terra no sítio Ovo da Ema. Mas foi somente a partir de 1997 que o paleontólogo Jorge Luiz Lopes começou a se dedicar ao estudo da área e a detectar fragmentos de ossos de animais gigantes, que viveram há mais de 10 mil anos. Foram encontrados esqueletos, em fragmentos grandes e pequenos, de preguiça-gigante, com quase seis metros de altura, de partes de esqueletos de tigre-dente-de-sabre, do toxodonte e do mastodonte, como também partes de carapaças de um tatu gigante. Todo esse acervo foi reunido no Museu de Paleontologia do Sertão, que se encontra fechado atualmente.
Mas para compensar os visitantes que passarem por lá, o município investiu na colocação de réplicas dos animais em tamanho natural nas praças públicas da cidade. Uma delas é a preguiça gigante, que assusta as crianças e chama a atenção pelo seu tamanho, que chega a cerca de 8 metros de altura, exibindo suas garras afiadas. Outra réplica que também chama a atenção dos visitantes é o tigre dente de sabre, que foi colocado no centro da cidade. O município, que era conhecido com o nome de Cova de Defuntos, pois existia no local uma grande cova onde eram sepultados os mortos da epidemia de cólera, mudou de nome pela presença de um sacerdote, que visitando a localidade, exclamou: “Este lugar ainda será uma maravilha”. A expressão foi gravada entre os habitantes do povoado e serviu mais tarde para dar nome ao município. O acesso a Maravilha se faz através da BR 316.
Como a cidade não possui pousadas para turistas e os locais para se comer são bastantes simples, o recomendado, é que os visitantes procurem o município vizinho de Santana do Ipanema, que fica a pouco mais de 20 quilômetros e oferece restaurantes e hospedagens mais confortáveis.
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