Turismo

Em 2021, unidades de conservação superam número de visitantes pré-pandemia

No ano passado, estes locais contabilizaram 16,7 milhões – maior número registrado de visitas em pelo menos cinco anos

Por Amanda Costa com ICMBio com MTur 18/04/2022 17h48 - Atualizado em 18/04/2022 17h54
Em 2021, unidades de conservação superam número de visitantes pré-pandemia
Entre os parques nacionais, o da Tijuca, no Rio de Janeiro, recebeu o maior volume de visitas em 2021 - Foto: Luciola Vilela / MTur

Evidenciando o crescimento do ecoturismo no país, as 145 unidades de conservação federais, administradas pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), contabilizaram 16,7 milhões de visitas em 2021. O número é o maior registrado em pelo menos cinco anos, superando o cenário pré-pandemia de Covid-19 – em 2017, quando foram registradas 10,7 milhões de visitantes.

“Estes números comprovam a ampliação do interesse por este segmento, tendência mundial para o cenário pós-pandemia. O Brasil tem um potencial gigantesco para o turismo de natureza. Por isso, continuaremos trabalhando dia após dia, com afinco, para desenvolvermos o ecoturismo no nosso país, de forma sustentável, preservando à natureza e movimentando a economia local, resultando em emprego e renda para a nossa população”, destaca o ministro do turismo, Carlos Brito.

Assim como em 2020, a Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, em Santa Catarina, liderou o ranking das unidades de conservação mais visitadas, com mais de sete milhões de registros. O território inclui, por exemplo, as praias dos municípios de Palhoça, Garopaba, Imbituba e Laguna, no litoral sul catarinense. O destino oferta ainda uma experiência única de admirar, por terra, as baleias que passam pelo local.

Em segundo lugar está o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, com 1,7 milhão de visitas, que abriga uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno: o Cristo Redentor. É palco da Trilha Transcarioca, pioneira da Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso no país, que compreende em seu percurso pontos como o Pão de Açúcar e a Lagoa Rodrigo de Freitas, que cruza o Rio de Janeiro, saindo da Barra de Guaratiba e chegando ao Morro da Urca.

Já na terceira posição, o Parque Nacional de Jericoacoara, no Ceará, com quase 1,7 milhão de visitas. O local abriga a Pedra Furada, formação rochosa considerada ícone de Jericoacoara - atração imperdível para quem passa pela região. O parque foi uma das quatro unidades de conservação que contou com estudos financiados pelo Ministério do Turismo para a realização de concessão à iniciativa privada, o que deve levar mais investimentos às unidade e impulsionar o ecoturismo. (Saiba mais AQUI).

Confira a lista das 10 unidades de conservação mais visitadas do Brasil:

1º Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca - 7.042.228

2º Parque Nacional da Tijuca - 1.739.666

3º Parque Nacional de Jericoacoara - 1.669.277

4º Parque Nacional da Serra da Bocaina - 718.453

5º Parque Nacional do Iguaçu - 696.380

6º Reserva Extrativista Marinha do Arraial do Cabo - 653.857

7º Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha - 559.638

8º Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha - 532.988

9º Monumento Natural do Rio São Francisco - 471.705

10º Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais - 334.437

Os dados incluem unidades de conservação com visitação monitorada, como parques nacionais (Parna); Áreas de Proteção Ambiental (APA); Florestas Nacionais (Flona); Reservas Extrativistas (Resex); e Monumentos Naturais (Mona).

ECOTURISMO

Antes da pandemia de Covid-19, o Turismo de Natureza vinha registrando crescente interesse dos turistas. Em 2019, as Unidades de Conservação federais registraram 15,3 milhões de visitas, um aumento de 24% em relação ao ano anterior, 2018 (12,4 milhões). Já em 2020, mesmo com o fechamento das unidades por seis meses, receberam um número significativo de visitantes: 9,3 milhões, com um crescimento contínuo de visitação até dezembro.

A pesquisa PNAD Contínua Turismo analisou 21,4 milhões de viagens realizadas nos domicílios brasileiros em 2019, sendo que 86,5% ocorreram por motivos pessoais e 13,5% por motivos profissionais. Das viagens por motivo pessoal, 31,5% estavam em busca de lazer e, dentro deste universo, 25,6% tiveram como finalidade o ecoturismo e viagens de aventura, representando 1,5 milhão de turistas ou 7% do total. Já em 2020, o ecoturismo foi motivo de viagem para 18,6% dos turistas internacionais que chegaram ao Brasil.