Turismo
Com investimento de R$ 7,2 milhões, MTur e Iphan entregam obra de restauro do Armazém Macedo
Recurso permitiu realizar melhorias na estrutura, arquitetura e novos itens de acessibilidade que facilitarão o acesso dos visitantes ao local
A população de Antonina, no Paraná, ganhou um novo espaço para a realização de eventos culturais na cidade. Com recursos do governo federal, da ordem de R$ 7,2 milhões, o Ministério do Turismo e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) entregaram, na sexta-feira (18), a obra de restauração do antigo Armazém Macedo. Com o montante foi possível realizar melhorias na estrutura, arquitetura e novos itens de acessibilidade, que irão facilitar o acesso dos visitantes ao local.
Para o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, a obra é um exemplo de diversos monumentos que estavam abandonados e com recursos do governo federal puderam ser disponibilizados novamente para o público. “Isso mostra que o nosso dinheiro está indo para quem realmente importa, a população brasileira. Estamos entregando importantes obras que irão fazer a diferença no turismo e na cultura de nosso país. Parabéns ao Iphan por mais esta contribuição para a infraestrutura turística e cultural brasileira”, disse.
Com o montante, foi possível realizar melhorias em diversos pontos do monumento. Na parte superior da estrutura, foi proposta a criação de uma praça suspensa, que se constitui como uma área de lazer, além de um mirante para a paisagem da Baía de Antonina e para a Serra do Mar. O projeto revela preocupação com a acessibilidade e também promove a integração dos espaços por meio de escadas e elevadores. A comunicação entre as construções é feita por passarelas e decks.
As ruínas do armazém não ficaram de fora da restauração. Elas não perderam seu caráter evocativo. Foram feitas ações de recuperação das fundações, recomposição de partes perdidas, construção de uma estrutura em concreto para o reforço das paredes e recuperação do reboco. A grande novidade está na área externa. Para fortalecer a relação dos visitantes com o mar foram projetados decks de madeira e um novo trapiche. Essas áreas poderão ser utilizadas como espaços de convivência, contemplação da paisagem e extensão dos demais serviços oferecidos aos visitantes.
A presidente do Iphan, Larissa Peixoto, presente no evento de inauguração do espaço, falou sobre a importância do Armazém Macedo. Ressaltou que o encontro entre o novo e o antigo é um desafio para o Instituto e lembrou que a responsabilidade de preservar o patrimônio é de todos e que o Iphan estará sempre atento às necessidades da população paranaense.
Totalmente revitalizado, o edifício poderá acolher uma programação cultural diversificada, com propostas transversais e de múltiplos segmentos: artístico, científico, ambiental, entre outros.
EXPOSIÇÃO
Durante o evento de inauguração, os presentes puderam desfrutar de uma exposição de arte. Denominada de “Paisagem sem horizonte” a mostra cultural tem um conteúdo expressivo marcante na produção de Zilda Felisbino. A artista antoninense representa emaranhados detalhados de galhos, troncos, bromélias e folhas que retém toda a atenção e impedem que o olho chegue ao horizonte de fato.
Com a curadoria de João Paulo de Carvalho, a exposição trouxe grandes formatos, cores vivas, composições arejadas, com grandes campos de cor e execução despreocupada e, principalmente, o olhar muda o foco para longe e, não apenas por convenção, reencontra o horizonte.
O Armazém Macedo fica em uma localização privilegiada na cidade. Projetado em um cubo de vidro, que possibilita a visão panorâmica da paisagem, o local propõe um diálogo entre o novo e o antigo, entre a ruína e seus possíveis usos futuros.
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