Saúde
Samu Neonatal é referência na assistência a bebês com problemas de saúde em Alagoas
Serviço realiza transferências de recém-nascidos e desempenha um papel crucial na redução da mortalidade infantil no Estado
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Alagoas desempenha um papel crucial na assistência pré-hospitalar neonatal e na redução da mortalidade infantil no estado. Desde 2009, milhares de vidas de recém-nascidos foram salvas graças ao empenho de médicos neonatologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e condutores socorristas, capacitados para esse tipo de cuidado especializado por meio do Samu Neonatal. No primeiro quadrimestre deste ano, o serviço atendeu 81 crianças.
Deste total, 12 ocorreram em janeiro, 23 em fevereiro, 20 em março e 26 abril, conforme a Central de Informação do Samu. Os dados de maio ainda serão divulgados. O serviço utiliza Unidades de Suporte Avançado (USA), que funcionam como Unidades de Terapia Intensivas (UTI) móveis e neonatais, para transferir recém-nascidos em estado crítico, como prematuros com dificuldades respiratórias, para unidades de saúde adequadas.
Além disso, através do Salva Mais, um programa do Governo de Alagoas que une o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL) e o Samu, o serviço presta atendimentos aeromédicos, com uso de UTI aérea, com o apoio do Departamento Estadual de Aviação (DEA). "O Samu Neonatal é um programa fundamental da Sesau, que tem ajudado a salvar a vida de nossas crianças, contribuindo para reduzir a mortalidade infantil", destacou a coordenadora do Samu, a enfermeira Beatriz Santana.
O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, ressaltou a importância do serviço para as crianças alagoanas. “O Samu Neonatal representa um avanço significativo no cuidado com a primeira infância, oferecendo transporte adequado, estabilização e suporte vital para os bebês que mais precisam. É um elo fundamental entre maternidades, unidades de saúde e centros de referência, e merece ser reconhecido”, frisou.
Dedicação ao Programa
A médica neonatologista do Samu Neonatal, Taciana Baumgarten, tem sido testemunha da eficiência no transporte de crianças que precisam de assistência. Ela explica que eles atuam realizando o transporte de recém-nascidos que apresentam condição de fragilidade, devido a vários fatores, como a adaptação ao ambiente externo e o sistema imunológico "imaturo". Além disso, quando o nascimento ocorre de forma prematura ou com algum tipo de intercorrência, essa fragilidade é ainda maior e exige cuidados redobrados durante o transporte e a assistência hospitalar.
“Atuo no Samu neonatal há 14 anos. Já ajudamos a salvar muitas vidas e isso é muito gratificante para toda a equipe. Fazemos o transporte de bebês de UPAs [Unidades de Pronto Atendimento] para hospitais, por exemplo. Além de transferências de recém-nascidos para outros Estados, com o propósito de que eles sejam submetidos a cirurgias complexas. Sempre atuamos com o máximo de cuidado e responsabilidade com os nossos pequenos pacientes”, explicou a médica.
Taciana Baumgarten diz sentir orgulho do trabalho que desempenha e salienta que foi influenciada pelo pai a fazer o curso de Medicina. Aos 22 anos, se formou pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) e, desde o início da graduação, se encantou pela área da pediatria. Após passar em um concurso da Uncisal aos 24 anos, ela se tornou professora da instituição e foi responsável pela formação de vários profissionais.
“É uma grande satisfação poder atender e salvar vidas no Samu Neonatal de Alagoas. Cada chamada é uma nova missão. Ficamos muito felizes e gratos em podermos contribuir com o transporte e o cuidado dos nossos pequenos pacientes. É algo que me enche de orgulho. Trabalho nessa linha de frente ao lado de uma equipe dedicada e isso é mais do que uma profissão, é um propósito de vida”, afirmou Taciana Baumgarten.
Além disso, o Samu Neonatal de Alagoas investe na capacitação contínua de suas equipes, promovendo treinamentos especializados, como o Curso de Assistência Pré-Hospitalar ao Recém-Nascido em Parto Domiciliar, para aprimorar o atendimento em situações de emergência. Esse serviço é fundamental para garantir a sobrevivência e a saúde dos recém-nascidos em todo o estado, especialmente em áreas com infraestrutura hospitalar limitada.
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