No Brasil, com uma estimativa de que existam cerca de 270 mil pessoas com síndrome de Down, baseada na relação de 1 para cada 700 nascimentos, o dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado neste 21 de março, apesar dos avanços sociais, continua cercado de preconceito e discriminação. Essa é a avaliação do corretor imobiliário Kenny Wilson, pai de Letícia e Gabriel, gêmeos de 6 anos, autistas, que já enfrentaram dias difíceis desde o nascimento.
A Síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, é uma alteração genética causada por um erro na divisão celular durante a divisão embrionária. Os portadores da síndrome, em vez de dois cromossomos no par 21 (o menor cromossomo humano), possuem três.
``Preconceito e a discriminação são os piores inimigos dos portadores da síndrome. O fato de apresentarem características físicas típicas e algum comprometimento intelectual não significa que tenham menos direitos e necessidades. Cada vez mais, pais, profissionais da saúde e educadores têm lutado contra todas as restrições impostas a essas crianças´´, afirma o delegado distrital do CRECI, Kenny Wilson.
A data comemorativa nacional foi instituída pela Lei nº 14.036/2022 que, em seu parágrafo único estabelece: “Os órgãos públicos responsáveis pela coordenação e implementação de políticas públicas voltadas à pessoa com síndrome de Down são incumbidos de promover a realização e divulgação de eventos que valorizem a pessoa com síndrome de Down na sociedade”.
``Luto todos os dias pelos meus filhos, e desejo que cresçam com todos os direitos de todas as outras crianças. Ao lado da minha esposa, que não mede esforços, e boa parte da mídia, e nesse caso cito as plataformas do Sistema Tribuna de Comunicação, que constantemente aborda o tema, acredito que o futuro possa reservar dias melhores a todos que possuem a SD´´, finaliza o corretor.
O Dia Mundial da Síndrome de Down, segundo ele, é um momento de conscientização global oficialmente observado pelas Nações Unidas desde 2012.