Saúde

Alagoas não registra morte por coqueluche em 2024

Resultado foi divulgado pela Sesau, com base nos dados fornecidos pelo Ministério da Saúde

Por Valdete Calheiros - colaboradora / Tribuna Independente 16/01/2025 08h41 - Atualizado em 16/01/2025 11h43
Alagoas não registra morte por coqueluche em 2024
Vacinação é a forma mais eficaz de combater a coqueluche em crianças e adolescentes, dizem os médicos - Foto: Reprodução

Alagoas não registrou morte por coqueluche em 2024. Apenas um caso da doença foi notificado em 2024 e outros dois em 2023. Os dados são do Ministério da Saúde, fornecidos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

No ano passado, a cobertura vacinal com a Pentavalente atingiu um índice de 89,81%. E o primeiro reforço com a DTP atingiu 88,71% de cobertura vacinal, conforme informações do LocalizaSUS, também repassados pela Sesau.

Em 2023, a Pentavalente alcançou 91,15% de cobertura vacinal e o primeiro reforço com a DTP, 85,27% de cobertura vacinal.

Já em Maceió, conforme a Secretaria Municipal de Saúde, foram registrados em 2024, 15 casos suspeitos, dos quais dois ainda em análise e um confirmado por clínica. Neste ano, dois casos suspeitos, ambos ainda em análise.

A vacinação para coqueluche com a Pentavalente atingiu 81,53% da população menor de 1 ano de idade, a DTP alcançou 80,88% no reforço de 1 ano de idade e a dTpa foi procurada por 77,43% das gestantes. A meta de cobertura vacinal preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95%.

A Sesau segue alertando para a importância da vacinação contra a coqueluche. A doença, conhecida popularmente como tosse comprida, pode desenvolver insuficiência respiratória e levar o paciente ao óbito.

Para prevenção da doença, a vacina pentavalente é oferecida gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de todas as cidades alagoanas.

O esquema vacinal compreende a aplicação de uma dose da vacina aos dois, aos quatro e aos seis meses de vida, seguida de mais dois reforços com a vacina DTP, conhecida também como tríplice bacteriana infantil, que devem ocorrer aos 15 meses de vida e aos quatro anos. Em adultos, a recomendação é que recebam doses de reforços da dTpa a cada cinco a 10 anos.

Para ser imunizada, a população deve procurar o posto de vacinação mais próximo de sua residência com o Cartão de Vacinação, o Registo Geral (RG) ou CPF, e o Cartão SUS. Já as pessoas que perderam o comprovante, não sabem ou não lembram se tomaram as vacinas, precisam atualizar a situação junto à unidade de saúde de seu município.

A gerente de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis da Sesau, enfermeira Waldinéia Silva, explica que a doença tende a se alastrar mais em tempos de clima frio, devido ao fato das pessoas permanecerem mais em ambientes fechados.

Transmissão da doença é por meio de tosse

“A transmissão da doença acontece por meio de gotículas de secreção da orofaringe, eliminadas durante a fala, a tosse e o espirro. Portanto, basta um contato com tosse ou secreção da pessoa com a enfermidade, para se infectar. Mas, também pode ocorrer por meio de objetos contaminados com secreção de pessoas doentes”, explicou.

Waldinéia Silva pontuou que a coqueluche é dividida em três fases: catarral, paroxística e convalescença. E que a população deve ficar atenta aos sinais da doença e procurar atendimento médico adequado para evitar a sua evolução.

“A fase catarral, que dura até duas semanas, é marcada por febre pouco intensa, mal-estar geral, coriza e tosse seca. É a fase mais infectante e quando a frequência e a intensidade dos acessos de tosse aumentam gradualmente”, informou Waldineia Silva.

Ela ressaltou que a fase paroxística, dura de duas a seis semanas, e ocorre quando a febre se mantém baixa, e começam as crises de tosse súbitas, rápidas e curtas, que podem comprometer a respiração.

“A última fase, no entanto, é a convalescença, a tosse desaparece e dá lugar a episódios de tosse comum, que persistem por duas a seis semanas e, em alguns casos, pode se prolongar por até três meses”, enfatizou.

Waldineia reforçou a necessidade de conscientização da população para o Estado continuar combatendo o surgimento de surtos de coqueluche. “Não possuímos registro de óbitos há muitos anos e isso é uma comprovação da eficácia da imunização para doenças transmissíveis em Alagoas. Por isso, pedimos que os pais não deixem de vacinar seus filhos”, recomendou.