Saúde
Hospital Metropolitano de Alagoas promove jornada para debater cuidados paliativos
Organizado pelo Núcleo de Reabilitação da unidade hospitalar, o evento aconteceu no Tribunal de Contas de Alagoas
Melhorar a qualidade de vida dos pacientes e familiares, por meio do alívio do sofrimento, é a essência do cuidado paliativo. Essa ideia de assistência humanizada, direcionada principalmente para pessoas com doenças incuráveis, como o câncer, foi abordada durante a I Jornada Multiprofissional em Cuidados Paliativos do Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), que ocorreu no auditório do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O evento, organizado pelo Núcleo de Reabilitação do HMA, contou com a participação de 283 profissionais e estudantes. A iniciativa reforçou a recente publicação da Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP) no Sistema Único de Saúde (SUS), que aconteceu no último mês de maio, e representa um avanço importante na política de saúde pública do Brasil.
Na ocasião, também foi realizado o I Encontro em Resistência Microbiana: Modernas Práticas. A ação foi voltada, principalmente, para responsáveis pelas Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Centrais de Material e Esterilização (CME), Higienização e Compras.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que apenas 14% das pessoas que precisam de cuidados paliativos são atendidas no mundo e, no Brasil, o Ministério da Saúde (MS) estima que mais de 590 mil adultos e 34 mil crianças precisam dessa forma de cuidado.
Para a fisioterapeuta Lucymilla Kriesten, responsável pelo Núcleo de Reabilitação do HMA e uma das organizadoras do evento, a jornada permitiu o debate de um tema de profunda importância na vida de cada um e na sociedade em geral. "Isso porque, todos, em algum momento, podem enfrentar a realidade da doença terminal, na própria vida ou na vida dos que amam”, salientou.
Para ela, é fundamental promover uma maior consciência e acesso aos cuidados paliativos nas comunidades e sistemas de saúde. “Todos merecem ter a opção de receber cuidados de qualidade, independentemente da sua situação econômica, cultural ou geográfica. Refletir sobre o tema lembra-nos a importância de abraçar nossa humanidade e de cuidarmos uns dos outros nos momentos mais vulneráveis da vida. Ao apoiar os cuidados paliativos, defendemos a dignidade e o bem-estar de todas as pessoas, e construímos uma sociedade mais compassiva e solidária para as gerações futuras”, ressaltou.
Com abordagem multiprofissional, a Jornada Multiprofissional em Cuidados Paliativos trouxe, entres as palestras, discussões sobre a assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e dos familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.
Representando a gestão do hospital, Mikaelly Custódio, assessora de Governança, destacou o perfil que se vem construindo no Hospital Metropolitano, referência em tantas áreas médicas, mas acima de tudo, no cuidado e humanização ao paciente e seus familiares. “Nós, que fazemos parte da unidade, trabalhamos para eliminar qualquer barreira e garantir esses serviços essenciais, porque é assim que enxergamos”, frisou.
Presente ao evento, o psicólogo Anderson Fernandes elogiou a iniciativa. “Foi muito preciso, um dos princípios dos cuidados paliativos é encarar o fim da vida como um evento natural. Esses pacientes necessitam de cuidados diferenciados”, reforçou.
A assistência integral é garantida por uma equipe multidisciplinar constituída de médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogas com apoio de nutricionistas, farmacêuticos, fisioterapeutas, odontólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, além de todo o suporte de procedimentos hospitalares especializados e de exames.
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