Saúde

Alagoas: Ministério da Saúde lança Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite

Ação quer reduzir o risco de reintrodução do poliovírus no Brasil, além de reforçar medidas para a erradicação da doença

Por Ministério da Saúde 29/05/2024 10h35
Alagoas: Ministério da Saúde lança Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite
A vacina de reforço contra a poliomielite, subiu oito pontos percentuais, passando de 73,47% em 2022 para 81,49% no ano passado - Foto: Divulgação

Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (27) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que vai acontecer até o dia 14 de junho. A meta é vacinar, no mínimo, 95% do público-alvo, que abrange cerca de 13 milhões de crianças menores de cinco anos. A expectativa da campanha é reduzir o número de crianças não vacinadas e o risco de reintrodução do poliovírus no Brasil, além de reforçar medidas para a erradicação da doença. Em 2023, a pasta registrou aumento na cobertura vacinal dos principais imunizantes do calendário infantil no estado de Alagoas. A vacina de reforço contra a poliomielite, subiu oito pontos percentuais, passando de 73,47% em 2022 para 81,49% no ano passado.

Para o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunização (DPNI), Eder Gatti, o objetivo também é aumentar as coberturas vacinais e ampliar o acesso às vacinas poliomielite. “A vacinação é a única forma de prevenção contra a poliomielite, também chamada paralisia infantil. Por isso, pedimos aos pais ou responsáveis que levem as crianças ao posto mais próximo para que elas não sofram com as sequelas de doenças imunopreviníveis”, afirmou.

A campanha deste ano é muito importante para o enfrentamento à poliomielite, pois o país está em fase de transição para substituir as duas doses da vacina oral poliomielite (VOP) para apenas um reforço com a vacina inativada poliomielite (VIP). Ou seja, o esquema vacinal e a dose de reforço serão feitos exclusivamente com a VIP, a partir do segundo semestre de 2024. Todos os estados e municípios receberão as normas e diretrizes dessa alteração.

O Brasil não registra casos de poliomielite desde 1989 e, cinco anos depois, em 1994, recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. No entanto, no ano passado, o país foi classificado como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC).

Essa categorização se deu a partir do desempenho das coberturas vacinais, dos indicadores de vigilância epidemiológica das paralisias flácidas agudas (PFA) e do status de contenção laboratorial dos poliovírus, por exemplo.

No dia 8 de junho, o Ministério da Saúde propõe que seja realizado o dia “D” de divulgação e mobilização da campanha em todo o país. Os estados e municípios têm autonomia para definir a realização em outras datas, de acordo com as especificidades locais.

Cobertura vacinal


Em 2022, 77% das crianças com menos de um ano receberam a dose da VIP. Já em 2023, o número saltou para 84,63%, de acordo com dados premilimares. Neste ano, a porcentagem de doses aplicadas da VIP, neste momento, está em 85,42. No ano passado, os três estados com os melhores índices de vacinação foram o Ceará, com 93%, Piauí, com 92%, e Santa Catarina, com 90%.

Recursos


Para alcançar o objetivo da campanha, o Ministério da Saúde tem investido na atualização dos sistemas de informação e no registro de dados nominais, com qualificação dos registros de vacinação, uso e perdas de imunobiológicos e o monitoramento constante das ações e resultados. Além disso, são feitas atualizações das regras e implementação do painel “Vacinação do Calendário Nacional” e o planejamento de ações adaptadas à realidade de cada território.

A pasta autorizou, neste ano, um recurso adicional de R$ 150 milhões para a operacionalização da Estratégia de Vacinação nas Escolas, Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite e para o Monitoramento das Estratégias de Vacinação (MEV) contra a Poliomielite e o Sarampo no Brasil. Além disso, ocorrem de forma automática os repasses administrados pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) transferidos fundo a fundo.