Saúde
Prevenção de casos de mortalidade materna é prioridade no HUPAA-Ufal
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a maioria dos casos de mortalidade materna no Brasil são evitáveis
O 28 de maio marca o Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna, uma data fundamental para reforçar o debate a respeito da adoção de iniciativas preventivas nas instituições de saúde. Assumindo compromisso com a temática, o Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, da Universidade Federal de Alagoas (Hupaa-Ufal), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), tem adotado medidas eficazes.
Em 2022 o quantitativo de casos no Brasil atingiu 57,7 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de ter retornado a um patamar anterior ao da pandemia de Covid-19, período em que o país chegou a atingir 117,4, em 2021, os números permanecem alarmantes. O Brasil tem buscado atingir a meta do Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): menos de 70 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos até 2030.
Com o intuito de contribuir com esses objetivos, o Hupaa-Ufal tem colocado em prática medidas que buscam materializar cenários seguros para as mães. Padronização, montagem e disponibilização de caixa de emergência, contendo materiais e medicamentos utilizados na Hemorragia Pós-Parto (HPP) em todos os setores da maternidade; e de capacitação teórico-prática com parte da equipe de enfermagem sobre HPP, são algumas dessas iniciativas.
Segundo informações do Ministério da Saúde, a maioria das causas fatais envolvendo a maternidade são evitáveis, algumas principais são: síndromes hipertensivas, hemorragias, infecções puerperais e as complicações do aborto. “É importante que sejam oferecidos treinamentos de forma regular para todos os profissionais da equipe multidisciplinar que atuam na maternidade, inclusive sobre as condições de alta gravidade como hemorragia pós-parto, pré-eclâmpsia com sinais de gravidade e eclâmpsia, sepse e parada cardiorrespiratória”, comenta Felipe Oliveira de Albuquerque, chefe da Unidade de Saúde da Mulher do Hupaa.
“Desta forma, entende-se a importância da atualização dos protocolos clínicos, baseando-se nas atuais evidências, para a padronização de condutas realizadas pelos profissionais do serviço, favorecendo uma ação mais rápida e eficiente na prevenção, identificação e no tratamento de agravos”, completa Laís Danielle Ribeiro de Melo, enfermeira responsável técnica do Pré-Parto e Triagem Obstétrica/Hupaa.
Além disso, algumas outras iniciativas estão em fase de implementação no Hospital Universitário de Alagoas, são elas:
• Construção de Protocolo Institucional sobre Manejo da Hemorragia Pós-parto;
• Criação de grupo de trabalho composto por médicos obstetras e enfermeiras obstetras, com o objetivo de realizar, de forma continuada, treinamentos teórico-práticos com toda equipe multiprofissional que atua na maternidade sobre hemorragia pós-parto (diagnóstico, prevenção e tratamento);
• Construção do Procedimento Operacional Padrão (POP) “Estratificação de risco para hemorragia pós-parto durante internação em pré-parto”;
• Atualização de Protocolo Institucional sobre Síndromes Hipertensivas na Gestação;
• Atualização de Protocolo Institucional sobre Infecção Puerperal;
• Realização de capacitação com a equipe de enfermagem da maternidade sobre síndromes hipertensivas na gestação.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA-Ufal) faz parte da Rede Ebserh desde 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 42 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
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