Saúde

Escola Técnica de Saúde qualifica 900 agentes para redução da mortalidade materna e neonatal

Unidade acadêmica da Uncisal capacita os profissionais a fim de assegurar um futuro mais saudável para as próximas gerações

Por Danielle Cândido / Ascom Uncisal 13/05/2024 09h45
Escola Técnica de Saúde qualifica 900 agentes para redução da mortalidade materna e neonatal
Etsal é referência na formação de profissionais para o SUS - Foto: Pedro Dantas / Ascom Uncisal

Qualificar 900 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) do Estado de Alagoas para atuar na prevenção da mortalidade materna e neonatal. Essa é a meta para 2024 da Escola Técnica de Saúde Professora Valéria Hora (Etsal), unidade acadêmica da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal). A iniciativa faz parte do Programa de Redução da Mortalidade Infantil (PRMI) e tem o objetivo de assegurar um futuro mais saudável para as próximas gerações.

Para cumprir essa meta, a Etsal está executando a oferta de quatro cursos. Um deles, de “Aperfeiçoamento para Agentes Comunitários de Saúde com foco na prevenção da morte materna e neonatal”, já capacitou, desde seu início (em fevereiro/2024), 186 profissionais nos municípios de Matriz de Camaragibe, Maragogi, São Luís do Quitunde, São Miguel dos Milagres, Pindoba, Novo Lino, Craíbas, Atalaia, Major Isidoro, Roteiro, Tanque D’arca, Mata Grande, Cacimbinhas, Minador do Negrão, Belo Monte, Batalha, Palmeira dos Índios e Rio Largo.

A capacitação tem carga horária de 60h e acontece na modalidade remota. “O curso passa a lição da importância de trabalhar de forma cada vez mais humanizada e, com os conhecimentos adquiridos, orientar os pacientes de forma correta”, disse Aline Gomes de Melo, agente comunitária de saúde que atua na zona rural do município de Batalha. “É um curso 100% profissional, que mais parece um aperfeiçoamento presencial, de tão bem aplicado, bem colocado e explicado por uma instrutora esclarecida e segura das informações”, definou ela.

Segundo a instrutora Karolline de Albuquerque, consultora materna e infantil, o aperfeiçoamento apresenta um grande impacto no fazer dos agentes comunitários de saúde enquanto profissionais. “Eles já estão muito bem preparados e o curso vem para aperfeiçoar o que eles já fazem nas unidades de saúde”, frisou. Ela acrescentou que a atividade dos agentes é essencial para a atenção primária, servindo de elo entre a comunidade e a unidade em que atuam.

A agente comunitária de saúde, Edvânia Alves da Silva, que trabalha no município de Rio Largo, é um exemplo dessa relevante atividade profissional. “O curso me proporcionou o acesso à informação, garantindo que o paciente assistido tenha conhecimento das ações e serviços de saúde que são de fundamental importância para sua vida e a de suas famílias”, descreveu. Ela ressaltou a excelente didática do curso, de fácil compreensão e com margem participativa e colaborativa, e destacou um dos aprendizados: as responsabilidades dos agentes comunitários de saúde frente às gestantes e seus bebês.

“A mortalidade materna e infantil geralmente ocorre por situações que poderiam ser evitadas. Então, durante o curso de aperfeiçoamento, o agente de saúde é levado a observar e a ter consciência disso para que, junto com a sua equipe de saúde, possa empenhar-se de modo a diminuir esses índices por meio de ações que vão prevenir a mortalidade materna e infantil”, salientou a instrutora Karolline de Albuquerque”.

Multiplicadores de conhecimentos

Somado aos 186 profissionais já qualificados, o curso de “Aperfeiçoamento para Agentes Comunitários de Saúde com foco na prevenção da morte materna e neonatal” está capacitando, atualmente, 68 agentes de Maceió, Batalha, Belo Monte, Campestre e Maribondo. Em maio, mais 72 profissionais de Maceió e Arapiraca estarão sendo capacitados e e, em junho, mais 216 agentes de Capela, Coqueiro Seco, Matriz de Camaragibe, São Miguel dos Milagres, Cacimbinhas, Satuba, Santa Luzia do Norte, São Luís do Quitunde, Pilar, Barra de Santo Antônio e Feliz Deserto.

A coordenadora regional do curso, Maria Sônia Alves, informou que até o final do ano, mais agentes comunitários de saúde passarão pela qualificação até alcançar a meta de 900. “O programa capacita os profissionais para identificar precocemente problemas durante a gestação, o parto e o pós-parto, além de promover práticas de saúde preventiva na comunidade”, descreveu a coordenadora.

Maria Sônia Alves explicou que a iniciativa do Programa pode resultar em melhoria significativa nos cuidados prestados, na detecção precoce de complicações e no encaminhamento adequado para serviços especializados, o que contribui diretamente para a redução das taxas de mortalidade materna e neonatal. Para isso, a Etsal estruturou o curso para melhor capacitar os agentes comunitários de saúde, por meio de credenciamento e capacitação de profissionais para compor um banco de especialistas na área”.

“Os profissionais credenciados trabalham para articular melhor os alunos, gestores municipais, coordenadores de Atenção Primária à Saúde e equipe pedagógica da Etsal”, explicou Maria Sônia Alves. De acordo com ela, a Escola Técnica de Saúde adota estratégias como monitoramento dos indicadores, feedback contínuo sobre desempenho e resultados, incentivo para práticas e parcerias com autoridades locais de saúde para integrar os ACS em programas de saúde pública e garantir o apoio necessário para a implementação das melhores práticas.

Meta do Programa é capacitar 2.000 servidores do SUS em Alagoas

O Programa de Redução da Mortalidade Infantil (PRMI) tem como meta capacitar 2.000 servidores vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) dos municípios alagoanos que atuam na Rede Cegonha e na Rede Básica de Saúde. Integram a iniciativa representantes da Secretaria de Estado da Saúde, gestores municipais, representantes das maternidades, casas de parto e unidades de terapia intensiva neonatal de Alagoas.

“Pelo seu histórico importante no processo de formação e qualificação dos profissionais de nível médio vinculados ao SUS em Alagoas, a Etsal foi escolhida para a realização dos cursos”, informou Janaína Duarte, diretora da escola. Ainda segundo ela, “a Etsal está empenhada com a oferta dos cursos para que, através da metodologia de ensino da escola, seja possível perceber a mudança da realidade das práticas nos serviços e, consequentemente, a melhoria dos indicadores do estado”.

Além do curso de Aperfeiçoamento para Agentes Comunitários de Saúde com foco na prevenção da morte materna e neonatal, a Etsal também está ofertando o aperfeiçoamento para auxiliares e técnicos de Enfermagem que atuam na maternidade, para auxiliares e técnicos da Enfermagem que atuam em cuidado intensivo neonatal e para auxiliares e técnicos de Enfermagem que atuam na Atenção Primária à Saúde. Ao todo, 2.000 profissionais de saúde de Alagoas serão qualificados neste ano de 2024.

Etsal

A Escola Técnica de Saúde Professora Valéria Hora (Etsal), unidade acadêmica da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), é a única escola técnica pública de saúde em Alagoas, oferecendo educação profissionalizante de qualidade nos níveis fundamental e médio. Integrante da Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública (RedEscola) e da Rede de Escolas Técnicas de Saúde do SUS (RETSUS), a Etsal é uma referência na formação de profissionais da saúde, comprometida com a melhoria do Sistema Único de Saúde e a redução da mortalidade materna e infantil em Alagoas.