Saúde

Cinco cidades alagoanas estão com risco de surto de dengue

Paulo Jacinto, Coqueiro Seco, Craíbas, Senador Rui Palmeira e Maribondo estão em alerta conforme levantamento da Sesau

Por Tribuna Hoje com agências 13/03/2024 11h32 - Atualizado em 13/03/2024 12h12
Cinco cidades alagoanas estão com risco de surto de dengue
Cidades alagoanas estão com risco de surto de dengue - Foto: Carla Cleto / Ascom Sesau

Paulo Jacinto, Coqueiro Seco, Craíbas, Senador Rui Palmeira e Maribondo estão com risco de surto de dengue, segundo aponta a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Os municípios ficam nas regiões Região Metropolitana de Maceió, Zona da Mata, Agreste e Sertão do estado

Conforme levantamento divulgado pela Sesau, o Estado de Alagoas registrou 1.555 casos de dengue desde início do ano. O órgão aponta que foram 500 notificações a mais do que registrado no mesmo período de 2023. Um aumento de 53%.

Ainda de acordo com a Sesau, o número de registros e óbitos é uma preocupação em vários estados do país, que tem mais 1,1 mil pessoas que não resistiram à doença, dentre suspeitos e confirmados.

A morte de uma recém-nascida, de 22 dias de vidas e de outras duas pessoas estão sendo investigadas para saber se foi causada por dengue.

Dengue
- é uma doença febril grave causada por um arbovírus. Arbovírus são vírus transmitidos por picadas de insetos, especialmente os mosquitos. Existem quatro tipos de vírus de dengue (sorotipos 1, 2, 3 e 4). Cada pessoa pode ter os 4 sorotipos da doença, mas a infecção por um sorotipo gera imunidade permanente para ele. O transmissor (vetor) da dengue é o mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para se proliferar. O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.

Os principais sintomas da dengue são: Febre alta > 38.5ºC.; Dores musculares intensas; Dor ao movimentar os olhos; Mal estar; Falta de apetite; Dor de cabeça e Manchas vermelhas no corpo.

No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele.

Na fase febril inicial da dengue, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Como prevenir a dengue?


A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.

Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia – quando os mosquitos são mais ativos – proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser uma das medidas adotadas, principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia, como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos.