Saúde
Saiba como pais e responsáveis podem contribuir com a saúde mental de crianças e adolescentes
Segundo estudo da Unicef, uma em cada sete crianças e jovens, de 10 a 19 anos, convive com algum transtorno mental
Os cuidados com a saúde mental devem ser preservados desde a infância e para essa preservação, a contribuição de pais e responsáveis é essencial, afirma a psicóloga Bruna Nunes. Para reforçar essa afirmativa, um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) já apontou que uma em cada sete crianças e jovens, de 10 a 19 anos, de todo o mundo, convive com algum transtorno mental diagnosticado. Ainda de acordo com o levantamento, os casos mais comuns são a depressão, transtorno de ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno por uso de substâncias e transtorno de conduta.
De acordo com Bruna Nunes, as causas para esses diagnósticos são indefinidas, já que eles surgem através de uma combinação entre ambiente e genética. Mas, apesar disso, ela conta que, com a ajuda dos pais e responsáveis, as crianças e jovens podem ter uma melhor qualidade de vida e encaminhamento adequado para os cuidados com a saúde mental.
“Podemos acender o sinal de alerta quando as crianças começam a ter prejuízos na escola, com seus amigos, com a família. Algumas crianças chegam a conversar com seus pais/responsáveis sobre como elas se sentem com seus pares - se sentem tristeza, angústia, felicidade. É importante prestar atenção nos sinais de comportamentos, se a criança mudou muito o jeito de ser, se está mais irritada, mais fechada”, aponta a psicóloga.
Bruna ainda orienta que os pais busquem entender quais desenvolvimentos são esperados para cada idade, para contribuírem com estímulos adequados a cada uma dessas faixas etárias.
Ao se tratar de pais e responsáveis que discutem em casa ou que estão passando por crises, a exemplo da separação, a psicóloga aconselha que esses problemas sejam discutidos longe da presença das crianças, para que esses acontecimentos não prejudiquem o desenvolvimento delas.
“O mundo adulto deve ser entendido e separado do mundo infantil, conversas e explicações devem ser dadas às crianças de acordo com o que a maturidade da criança permite. Isso não significa que elas não devem estar por dentro do que está acontecendo na família, mas que elas devem saber das situações numa linguagem adequada e suave”, explica.
Por fim, a psicóloga conta que os cuidados com a saúde mental na infância, quando são reforçados pela psicoterapia, ajudam para que a criança lide de forma mais saudável e assertiva com suas questões, já que ela passa a aprender estratégias e habilidades necessárias e que serão úteis durante a vida adulta.
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