Saúde
Servidores do Portugal Ramalho realizam protesto por realocação da unidade
Presidente do Sindprev, Ronaldo Augusto, disse ainda que os servidores estão preocupados com a demora na solução
Os servidores do Hospital Escola Portugal Ramalho (HEPR) realizaram na manhã desta quinta-feira (30) uma manifestação em frente à unidade para cobrar a realocação do HEPR. De acordo com o presidente do Sindicato dos trabalhadores da Saúde, Previdência, Seguro Social e Assistência Social (Sindprev), Ronaldo Augusto de Alcântara, os trabalhadores estavam confiantes com a realocação, mas foram surpreendidos com o veto do Projeto de Lei n° 401/2023 pelo Governo do Estado.
Na quarta-feira (29) foram registrados diversos abalos na região, levando a Defesa Civil a decretar estado de alerta total, obrigando várias famílias a saírem de suas casas, já que corriam risco de acidente grave. O Sindprev-AL exige que os órgãos competentes hajam urgentemente para resolver a situação, que é atualmente insustentável, onde servidores estão no limite da capacidade de trabalho, com aumento constante de estresse devido a situação alarmante.
"Esse veto foi aprovado para a nossa surpresa, depois de toda essa luta e agora vamos ter que esperar mais de dois anos para o novo hospital ser construído, então quanto mais tempo demorar a regularização dessa situação legal mais tempo demorará para iniciar as obras de um novo hospital. Então, nós estamos paralisados hoje para justamente exigir a realocação dos trabalhadores", ressaltou Ronaldo Alcântara.
De acordo com ele, são mais de 40 trabalhadores do Hospital Escola Ramalho e mais de 130 pacientes que vivem internado sem ter outro local para onde ir, "nós estamos justamente preocupados inclusive com o problema de colapso iminente dessa mina da Braskem atingir também os trabalhadores e usuários do hospital", frisou.
O sindicalista acrescentou que o hospital já apresentava rachaduras que preocupavam e que a manifestação não se trata de um fato novo e só coincidiu com o caos de risco iminente de colapso nas minas da petroquímica. "É para reforçar que estamos em risco e inclusive com medo de vir para o hospital, mas mantivemos a manifestação justamente para cobrar da assessoria do governador, do governo e do próprio governador uma posição para tranquilizar os trabalhadores e usuários", observou.
O presidente do Sindprev disse ainda que os servidores estão preocupados com a demora na solução. “O governador não informou se irá apresentar um novo Projeto de Lei que permita a solução para o problema da realocação do hospital. Então, a preocupação dos trabalhadores é a demora na solução, pois a construção de um novo hospital não deve demorar menos de 16 meses’’, comente.
A entidade já acionou diversos órgãos públicos, que emitiram parecer exigindo a saída do Hospital do local de risco. O próprio Ministério Público Federal (MPF) determinou a realocação, mas o governo insiste em protelar a decisão, deixando servidores e pacientes em uma situação totalmente arriscada. O local oferece risco iminente de afundamento e desmoronamento.Ronaldo disse que a manifestação é uma espécie de grito de socorro, para que autoridades responsáveis procedam com urgência à realocação do Hospital.
“Não é fácil à luta do pessoal da área afetada pela Braskem, por indenização. E, através da pressão dos trabalhadores e do Ministério Público, se conseguiu que a Braskem reconhecesse, em responsabilidade, os danos causados ao hospital. Inclusive, eles assumiram a responsabilidade de construir uma nova unidade conforme o que foi apresentado pela Uncisal e pelo hospital. Então, os trabalhadores estavam esperançosos de finalmente ter um local adequado para o atendimento à população’’, explicou Ronaldo Augusto.
A diretora da unidade, Maria Derivalda Andrade, também falou da compelxidade do caso, e disse que o ato é para cobrar a realocação para segurança de todos os colaboradores e pacientes da unidade asim como pedir revogação do projeto de Lein° 401/2023 do Governo de Alagoas. "A Braskem se comprometu com a construção, mas até agora nada foi feito, e a gente vive com este pânico, o risco de um agravamento. O ato é na verdade para cobrar e chamar atenção das autoridades'', disse Derivalda.
Ouça os áudios do presidente do Sindprev e da diretora do Portugal Ramalho na galeria abaixo falando da insegurança e importância desse ato, que é um pedido de socorro.
Audios
Ronaldo Augusto. presidente do Sindrepv
Diretora do Portugal Ramalho
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