Saúde

Na Semana Internacional da Tireoide, especialista alerta população para riscos de doenças

Com o tema Tireoide e Coração, de 24 a 28 de maio começa mais uma campanha de conscientização sobre as disfunções tireoidianas

Por Assessoria 24/05/2021 11h22
Na Semana Internacional da Tireoide, especialista alerta população para riscos de doenças
Reprodução - Foto: Assessoria

O Dia Internacional da Tireoide, celebrado em 25 de maio, desperta a atenção da população com a divulgação de informações sobre as doenças tireoidianas. O endocrinologista e professor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), Arnaldo Mendonça, alerta para a importância em atentar-se aos sinais do corpo e para os cuidados necessários com a tireoide, uma glândula em forma de borboleta (com dois lobos), localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão, popularmente, gogó.

O endocrinologista explicou que a tireoide é responsável por regular o metabolismo de todo o organismo. Isto é, os hormônios produzidos pela glândula vão influenciar, diretamente, no metabolismo dos diversos sistemas do nosso corpo, agindo na função de órgãos vitais como coração, o qual é mote da Semana Internacional da Tireoide 2021, com o tema ‘Tireoide e coração'. A campanha, inclusive, convida a população a fazer parte do movimento de sensibilização sobre a glândula e tirar uma foto fazendo um coração na frente da tireoide e ‘marcar’ a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) Nacional e o Departamento de Tireoide @sbemnacional @tireoidesbem e a SBEM regional Alagoas @sbem.al.

“Tudo no nosso organismo depende do bom funcionamento da glândula tireoide, junto a outras glândulas e hormônios que mantêm a harmonização do sistema”, ressalta o endocrinologista Arnaldo Mendonça. Porém, quando a tireoide não está funcionando adequadamente, pode liberar hormônios em excesso (hipertiroidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo). No hipertireoidismo, o corpo começa a funcionar rápido demais: o coração dispara (taquicardia), o intestino solta, a pessoa fica agitada (fala demais e gesticula muito), ansiosa, dorme pouco, sentindo-se com muita energia, mas também muito cansada.

Se a produção de hormônio é insuficiente, provoca o hipotireoidismo. O organismo começa a funcionar mais lentamente: o coração bate mais devagar (bradicardia), o intestino prende (constipação intestinal) e o crescimento pode ficar comprometido. Ocorrem, também, diminuição da capacidade de memória, cansaço excessivo, sonolência, pele seca, ganho de peso, entre outros.

O médico informa ainda que, além das disfunções, podem haver alteração no formato da glândula, como o aparecimento de cistos, que na maioria das vezes são benignos, mas precisam ser acompanhados. “Hoje temos um arsenal de diagnósticos, ultrassonografias precisas, resultados de punções muito informativas, o que reduziu e muito a indicação para a cirurgia”, pontua Arnaldo Mendonça.

Mas, para o tratamento, é preciso identificar o problema tireoidiano - a partir de uma história clínica bem colhida, de um exame físico bem feito e da identificação de um histórico familiar de problemas da tireoide -, para tratar de forma adequada. Para tanto, “o processo educativo é o melhor e maior instrumento para todos os profissionais envolvidos no processo do cuidar do paciente”, concluiu o médico.